O senador Eduardo Azeredo (MG) vai pedir afastamento da presidência do partido ainda hoje. Ele esteve reunido no início da tarde com o líder da legenda no Senado, Arthur Virgílio (AM), e com os senadores tucanos Tasso Jereissati (CE) e Sérgio Guerra (AM), para comunicar sua decisão.
O ex-ministro Aloysio Nunes Ferreira, primeiro vice-presidente do PSDB, deve assumir o cargo interinamente até o próximo dia 18, quando ocorre a convenção do partido. A partir daí, os tucanos esperam que Tasso seja escolhido para assumir a presidência definitivamente.
O PSDB tentava o quanto antes afastar o fantasma do “valerioduto”. O ex-tesoureiro do partido Cláudio Mourão, responsável pela campanha de Azeredo ao governo de Minas Gerais em 1998, confessou ter usado dinheiro de um caixa dois alimentado por Valério, mas tentou isentar o senador de qualquer participação no esquema.
Porém, documentos divulgados no fim de semana mostram que o senador sabia da utilização dos recursos em sua campanha. Depois que o próprio senador confirmou saber das operações, o PSDB passou a cobrar a saída de Azeredo, com medo de que a base do governo utilize o caso para investigar também os partidos da oposição.
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“A decisão dele cessa a cortina de fumaça criada pelo governo”, disse Virgílio. “Será um gesto afirmativo, corajoso e generoso. Ele se decidirá a esclarecer todas as dúvidas”, reforçou.
Azeredo era o primeiro vice-presidente da Executiva Nacional tucana e ocupou a presidência depois que José Serra se licenciou para assumir a prefeitura de São Paulo, em janeiro deste ano.
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