Nos casos já arquivados, um dos proponentes não fez qualquer adequação em seu pedido de impedimento presidencial. Os demais ultrapassaram o prazo de dez dias para que as intervenções fossem feitas, o que provocou o arquivamento sumário. Segundo a assessoria jurídica da Câmara, ainda há dez pedidos sob análise, o último deles formalizado hoje (quinta, 6).
Como o Congresso em Foco noticiou em primeira mão em 17 de julho, horas após o anúncio do rompimento com o governo, Cunha despachou 11 ofícios de atualização e adequação dos requerimentos de impeachment. Na ocasião, o deputado não se limitou a esse tipo de protocolo, que reúne cidadãos, movimentos sociais e até o deputado Bolsonaro (PP-RJ) entre os autores. Em decisões unilaterais, Cunha demonstrou que, para além do discurso, de fato seria um reforço de peso para a oposição.
O deputado Bolsonaro formalizou em março o pedido de cassação de Dilma. Na argumentação do requerimento, o parlamentar fluminense acusou a presidenta de ter responsabilidade nos desmandos praticados na Petrobras e desvendados pela Operação Lava Jato, investigação que tem Cunha entre os alvos.
“Fica Vossa Excelência notificado para, no prazo de 10 (dez) dias, emendar a denúncia referida em epígrafe, adequando-a aos requisitos da Lei n. 1079/1950 e do Regimento Interno da Câmara dos Deputados”, notifica Cunha, no ofício encaminhado a Bolsonaro e aos demais cidadãos, obviamente alterado o pronome de tratamento para os outros 11 subscritores.
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