Para combater a grilagem em áreas públicas, organizações do agronegócio e da sociedade civil lançaram a campanha “Seja Legal com a Amazônia”. Um dos objetivos da campanha é aumentar o apoio do governo a iniciativas como a Força-Tarefa Amazônia, criada em 22 de agosto de 2018 pelo Ministério Público Federal (MPF).
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A grilagem em áreas públicas é uma das principais causas do desmatamento na Amazônia. Segundo André Guimarães, representante da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura e diretor-executivo do IPAM, a Amazônia tem 65 milhões de hectares de florestas públicas não destinadas, essas áreas concentraram 23% do desmatamento da Amazônia em 2018.
Segundo informações do site da campanha, a grilagem começa com grupos contratados para desmatar uma a região substituindo a floresta por pasto. Queimadas são comuns nessa etapa. A ideia é simular uma propriedade privada dedicada à pecuária.
Com a área aberta, o grileiro forja títulos de posse para poder especular, por meio do pagamento de propina e corrupção em cartórios e outros órgãos de governo. Com títulos de posse falsos, essas áreas públicas são vendidas por milhões de reais. “Não há diferença entre a corrupção dos casos que ouvimos todos os dias e a grilagem na Amazônia, pois também acontece a subtração de um patrimônio público”, comentou Guimarães.
Assinam a campanha as seguintes organizações: Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), Associação das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Instituto Ethos, Instituto de Pesquisa da Amazônia (IPAM), Sociedade Rural Brasileira (SRB).
PublicidadeConfira o vídeo da campanha:
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