O ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) Ricardo Galvão foi escolhido como um dos dez cientistas do ano pela revista científica Nature. O físico foi exonerado do cargo no Inpe em agosto, após protagonizar um embate com o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) sobre dados do desmatamento da floresta amazônica.
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A informação de que iria compor a lista foi confirmado pelo próprio cientista, ao Congresso em Foco. Os outros nove nomes que serão homenageados no “Nature’s 10”, premiação anual para os destaques na ciência, serão divulgada na terça-feira que vem (13) pela revista.
Galvão ocupava o cargo de diretor do Inpe desde 2016. Ele foi demitido depois de rebater críticas de Bolsonaro aos dados do instituto, que registraram um aumento de 88% nos alertas de desmatamento na Amazônia.
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Bolsonaro afirmou que as informações do instituto sobre desmatamento fazem “campanha contra o Brasil” e acusou Galvão de estar “a serviço de alguma ONG” .Em resposta, o cientista disse que “Bolsonaro é um covarde”, o que levou à sua demissão.
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Jane Fonda:
O que a senhora pensou quando soube da acusação de Jair Bolsonaro contra Leonardo DiCaprio? É patético. É risível. É uma piada.
A senhora acompanha as ações do presidente brasileiro? Sim, acompanho a política brasileira. Estava em Michigan durante as eleições presidenciais brasileiras, quando Bolsonaro foi eleito. Alguns brasileiros me viram e começaram a chorar ao dizer que ele havia ganhado a disputa presidencial. Eles sabiam o que significava para seu país aquela vitória e não conseguiram se conter. Eu me senti muito mal. Já passei um tempo no Brasil, amo o país, amo seu povo, e sinto muito que tenha chegado a esse ponto.
Qual é a sua opinião sobre Bolsonaro? É um homem que permite as queimadas na Floresta Amazônica em troca de dinheiro, em nome da produção agrícola, mas sem cuidado algum, suja. Ele não entende que está potencialmente destruindo um órgão vital do pl
aneta, com a Amazônia em chamas — além do ridículo, reafirmo, de culpar Leonardo DiCaprio e os ambientalistas. Respeito a coragem e o sacrifício dos brigadistas que foram injustamente presos, recentemente. Calá-los é como tentar coibir a imprensa livre. Mas vocês vão superar isso. Assim como nós, americanos, conseguiremos superar esse período com Donald Trump.
(…)
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Nossa! Que prestígio! Imagina, então, se de fato esse mal educado houvesse produzido alguma ciência útil… ao invés de apenas descobrir que não convém chamar o Presidente da República, e portanto também o seu Presidente, de covarde. Deveria ser agraciado, ademais dessa distinção, com a medalha da Ordem do Grande Otário.