> Desmatamento cresceu 8,5% em 2018, aponta Inpe
> Marcos Pontes concorda com Bolsonaro sobre críticas ao Inpe
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles e o presidente Jair Bolsonaro. [fotografo] Antonio Cruz/Agência Brasil [/fotografo]
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A decisão do presidente Jair Bolsonaro de mudar a metodologia de medição do desmatamento provocou críticas de ambientalistas nesta quinta-feira (1).
“Não tem nenhum cabimento, é típico de quem está contrariado com os dados. O presidente já demonstrou isso em relação ao IBGE, instituições oficiais de alto nível e gabarito do Brasil. Uma crítica sem consistência, sem argumento, fundamento e parâmetro”, disse André Lima, do Instituto Democracia Sustentável (IDS).
Lima coordenou de 2007 a 2008 o Plano de Combate ao Desmatamento da Amazônia do Ministério do Meio Ambiente.
O político do PSL e o ministro de Meio Ambiente, Ricardo Salles, disseram nesta quinta-feira em entrevista coletiva que os métodos de mensuração do desmatamento vão ser reformulados.
Desde o dia 21 de julho, Bolsonaro tem feito críticas ao Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e afirmado que exagera no tamanho do desmatamento.
Em nota, o órgão vinculado o Ministério da Ciência e Tecnologia afirmou que segue “metodologia amplamente divulgada e consistentemente aplicada desde 2004”.
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“É amplamente sabido que ela contribuiu para a redução do desmatamento na região amazônica, quando utilizada em conjunto com ações de fiscalização”, consta no comunicado.
Na texto, o Inpe também afirmou que todos os esclarecimentos foram prestados ao ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes.
André Lima sai em defesa do instituto e afirma que há transparência nas informações divulgadas. “O Inpe torna público todos os dados já há mais de 20 anos para quem quiser fazer análise e criticar. Nunca ninguém fez essa crítica, pelo menos nesse nível, que está sendo feito pelo presidente e ministro”.
O membro do IDS afirma que a metodologia pode ter “pequenos problemas”, mas completa: “há altíssima tecnologia, metodologia testada, referendada, consolidada e reconhecida internacionalmente, modelo que o Brasil inclusive exporta”.
> Desmatamento cresceu 8,5% em 2018, aponta Inpe
> Marcos Pontes concorda com Bolsonaro sobre críticas ao Inpe
O ministro da Ciência, Tecnologias, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, endossa a ideia de Bolsonaro e Salles. Em nota divulgada no dia 22 de julho, ele defendeu que pesquisas sobre aumento do desmatamento sejam revistas.
O Ministério solicitou ao Inpe um relatório com a série histórica de desmatamento dos últimos 24 meses. A pasta analisa os dados conjuntamente com o Ministério de Meio Ambiente.
No dia 21 de julho, o presidente Jair Bolsonaro criticou o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e declarou que os dados sobre desmatamento fazem “campanha contra o Brasil”.
Em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, Ricardo Galvão, presidente do Inpe, disse que “Bolsonaro é um covarde”.
Pontes convocou Galvão para prestar esclarecimentos sobre as declarações dada a imprensa.
No começo de julho, o instituto apontou que o desmatamento no Brasil foi de 75 quilômetros quadrados e cresceu 8,5% no ano de 2018.
Leia a íntegra da nota divulgada pelo Inpe nesta quinta-feira:
O INPE presta esclarecimentos sobre as recentes notícias relativas aos dados gerados no projeto Desmatamento em Tempo Real (DETER) desenvolvido no âmbito de seu Programa de Monitoramento da Amazônia e Demais Biomas (PAMZ+).
O diretor substituto, Petrônio Souza, o coordenador do PAMZ+, Cláudio Almeida, e a coordenadora de Observação da Terra do INPE, Lubia Vinhas, atenderam a convocação do MCTIC para participar de duas reuniões técnicas em Brasília, no dia 31/07/2019, a fim de apresentar a metodologia e os resultados dos projetos do PAMZ+.
Uma primeira reunião aconteceu nas dependências do Ministério de Ciência, Tecnologia, Informações e Comunicações (MCTIC), com a presença do ministro Marcos Pontes, do seu Secretário Executivo, Julio Semeghini, e de outros representantes do ministério. Parte da reunião também foi acompanhada pelo ministro do Meio Ambiente (MMA) Ricardo Salles. Nessa reunião a equipe do INPE apresentou a metodologia e os resultados do DETER e, também, dos projetos PRODES e TerraClass, e respondeu a todas as dúvidas apresentadas.
Uma segunda reunião aconteceu no auditório do MMA com a presença novamente dos dois ministros e de outras autoridades. Nessa reunião, o diretor de Proteção Ambiental do IBAMA, Olivaldi Azevedo, fez uma apresentação sobre um estudo que analisava parte dos dados de alertas gerados no DETER no mês de junho de 2019. O estudo indicou “inconsistências e erros” nos dados do DETER.
O INPE esclarece que não teve acesso prévio a essa análise e que seus representantes responderam a todas as questões apontadas durante a apresentação. Para uma análise completa, o INPE solicitou ao MMA acesso ao referido estudo. De antemão, o INPE avalia que o estudo apresentado corrobora a metodologia do DETER, pois os alertas de desmatamento mostrados se tratavam de fato de áreas desmatadas. Qualquer comparação dos resultados do DETER com resultados de metodologias ou imagens distintas deve ser aprofundada, e requer uma avaliação mais completa.
A coletiva de imprensa que se seguiu após encerrada a reunião foi exclusivamente com o ministro Ricardo Salles.
O INPE reafirma sua confiança na qualidade dos dados produzidos pelo DETER. Os alertas são produzidos seguindo metodologia amplamente divulgada e consistentemente aplicada desde 2004. É amplamente sabido que ela contribuiu para a redução do desmatamento na região amazônica, quando utilizada em conjunto com ações de fiscalização.
O trabalho do INPE sempre foi norteado pelos princípios de excelência, transparência e honestidade científica. A busca pelo aperfeiçoamento e pela melhoria constante da qualidade de seu trabalho também são componentes fundamentais de sua cultura técnica e científica.
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Esse ex-diretor do Inpe achava que ainda estava no governo do PT onde as instituições não davam satisfação nenhuma para o Governo. Esses diretores de instituições, vão ter de entender de vez que o Brasil da desordem pública se encerrou em 31/12/2018. Em 01/01/2019 se iniciou um novo Brasil e os diretores dessas instituições que não conseguirem se adaptar ao novo Brasil vão cair. Não tem mais volta, o Brasil está num novo rumo, ou seja, da responsabilidade com o setor público, que não existia mais no Brasil há vinte anos. Veja quem está no comando do país agora, para o azar desses diretores é um ex-militar, mas continua tendo sangue de militar nas veias.
É isso que dirigentes fazem quando os resultados de pesquisas não agradam, mudam as pesquisas e enganam em primeiro lugar a si mesmos.
VAI TRABALHAR. andré lima.
Quem sabe pode fazer alguma coisa que preste.