O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta terça (15) que o Brasil corre risco de sofrer racionamento igual ao ocorrido em 2001, no governo Fernando Henrique Cardoso. O deputado discutiu o assunto hoje com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. “Não se falou em apagão, falou-se em racionamento, na economia [de energia], a gente não manda na chuva. Mas não acredito que tenha apagão, pode ter energia mais cara por causa do uso das térmicas”, disse.
Segundo o presidente da Câmara, o risco de haver um aumento na tarifa de energia elétrica não foi descartado pelo ministro. “Se houver a conscientização dos setores de reduzir o consumo na hora do pico, ajuda”, afirmou Lira.
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O governo prepara uma medida provisória para instituir um comitê que poderá prever “programa de racionalização compulsória do consumo de energia elétrica”. De acordo com Lira, a MP do racionamento pretende dar segurança jurídica para que o governo possa reduzir a vazão de hidrelétricas e poupar água nos reservatórios durante o período seco.
Entre 2001 e 2002, o Brasil enfrentou a crise do apagão, que afetou o fornecimento e a distribuição de energia elétrica. O racionamento de energia evitou cortes forçados e blecautes.
Mais cedo, em audiência pública na Câmara, diretores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) afirmaram que as medidas anunciadas pelo governo para garantir o fornecimento de energia elétrica neste ano afastam o risco de racionamento no curto prazo. Entre as medidas anunciadas está o racionamento de usinas termelétricas disponíveis e o aumento da importação de energia da Argentina e do Uruguai.
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