O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu pela não-federalização do caso que investiga o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Por maioria, o STJ manteve as investigações com a Polícia Civil e com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). As informações são do portal Uol.
Para a ministra relatora do caso, Laurita Vaz, o trabalho dos órgãos não tem sido limitado por ação de nenhum grupo. “A gravidade do crime é inquestionável, mas o episódio chama a atenção e esmorece o pedido de federalização do caso. O contexto sugere que o trabalho investigatório das autoridades locais não está sendo obstado pela atuação desses grupos, nem está limitado para quem quer que seja”, afirmou a ministra em seu voto.
Segundo o portal, os ministros Laurita Vaz, Sebastião Reis, Jorge Mussi, Rogério Schietti, Reynaldo Fonseca e Ribeiro Dantas apresentaram votos contrários à federalização do caso. Para o grupo, não houve inércia ou inação das autoridades do Rio de Janeiro para que se justificasse uma federalização.
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O julgamento aconteceu oito meses após a ex-procuradora geral da República (PGR) Raquel Dodge entrar com o pedido. Para a ex-PGR, houve “inércia” das autoridades do RJ na apuração do caso.
Em fevereiro, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a investigação da morte da Marielle “está contaminada” e que não houve uma nova investigação no caso do porteiro, que teria citado o seu nome no depoimento e foi desmentido no decorrer das investigações. Bolsonaro afirmou diversas vezes que não vai interferir em nada. “Eu quero saber quem mandou matar Marielle sem problema nenhum. Assim como quero saber quem matou Celso Daniel, assim como querem saber quem mandou matar um tal de Jair Bolsonaro”, afirmou.
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