Os líderes do Podemos na Câmara, Léo Moraes (RO), e no Senado, Alvaro Dias (PR), encaminharam ofício (veja a íntegra) à Procuradoria-geral da República (PGR) apelando pela prorrogação do período de atuação da força-tarefa da Lava Jato no Paraná. O pedido representa toda a bancada do partido no Congresso, que conta com dez senadores e dez deputados.
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Renovada pela última vez em 2019, pelo prazo de um ano, a autorização para continuidade dos trabalhos está nas mãos do procurador-geral da República, Augusto Aras. A decisão será tomada no próximo mês, em setembro.
No ofício, o partido lembra que a força-tarefa foi sendo renovada “de maneira inquestionável pelos ex-chefes da PGR”. Eles rechaçam as tentativas de enfraquecimento da operação e afirma que muitos corruptos ainda precisam prestar contas à Lava Jato. “Há ainda muitas linhas de investigação a serem desenvolvidas, documentos a serem analisados e recursos a serem a devolvidos aos brasileiros. A Lava Jato precisa continuar seu trabalho sem limitações ou perseguições”, diz o documento.
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A decisão, a ser tomada por Aras, deverá ocorrer em meio a uma crise entre os integrantes da operação e a PGR. O estopim foi a visita feita pela subprocuradora-geral da República Lindora Araújo à força-tarefa em Curitiba, ocorrida em junho. Em resposta, a equipe da Lava Jato acionou a corregedoria do órgão e disse, em ofício, que a subprocuradora teria tentado obter acesso a informações sigilosas dos bancos de dados da operação.
No fim de julho, Aras fez críticas à Lava Jato. “Agora é a hora de corrigir os rumos para que o lavajatismo não perdure”, afirmou em transmissão ao vivo promovida pelo grupo Prerrogativas. Segundo o PGR, “não se pode imaginar que uma unidade institucional se faça com segredos, com caixas de segredos” para “chantagem e extorsão”.
Na próxima semana, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) analisará um pedido de afastamento do procurador Deltan Dallagnol da Lava Jato.
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