O presidente Jair Bolsonaro testou positivo para covid-19 novamente nesta quarta-feira (15). Ele já havia sido diagnosticado com a doença no último dia 7 e, na época, fez uma coletiva de imprensa para anunciar o resultado. Bolsonaro tem 65 anos e está no grupo de risco da doença.
A Secretaria Especial de Comunicação Social divulgou uma nota confirmando o diagnóstico e afirmando que o presidente “permanece no Palácio da Alvorada, residência oficial, e continua sendo acompanhado pela equipe médica da Presidência da República”.
“Eu não recomendo nada. Eu recomendo que você procure seu médico e converse com ele. O meu, no caso, médico militar, foi recomendada a hidroxicloroquina e funcionou. Estou bem, graças a Deus. Ontem de manhã fiz exame, à noite deu resultado que ainda estou positivo para o coronavírus”, declarou Bolsonaro por meio de suas redes sociais.
A droga não tem comprovação científica de eficácia e já foi descartada pela OMS. Apesar disso, o presidente insiste no uso para combate à covid-19.
No sábado (11) o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta criticaram a militarização e a falta de um titular para a pasta durante a pandemia de covid-19.
A Saúde é conduzida de maneira interina pelo general do Exército Eduardo Pazuello desde 15 de maio, há dois meses. Bolsonaro sinalizou na última semana que deverá escolher outro nome para o seu lugar. O último ministro da Saúde, Nelson Teich, ficou um mês no cargo, do qual se afastou após divergências com as orientações do presidente Jair Bolsonaro em relação ao combate à covid-19.
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Vou só perguntar, respondam ser forem honestos. Dos ex-ministros da saúde listados a seguir, quais deles eram médicos?: 1- José Goldemberg (Gov.Collo); 2-Henrique Santillo (Gov. Itamar); 3- José Serra (Gov. FHC); 4-Barjas Negi (Gov. FHC); 5-Humberto Costa (Gov. Lula); 6-Agenor Álvares (Gov.Lula); 7- Arthur Chioro (Gov.Dilma); 8- Agenor Álvares (Gov.Dilma); 9- Ricardo Barros (Gov.Temer) 10- Gilberto Occhi (Gov. Temer) .
Mas agora para a mídia, isso virou regra. Não pode ter um ministro da saúde que não seja médico. Nos tempos do Lula, um médico podia ser até ministro da Fazenda, embora nunca tenha administrado nada. Ministro da cultura podia ser cantor, o mesmo deputado era ministro de várias coisas, mudava de ministério e era realmente uma maravilha.
O que não pode é um militar da ativa, transformando o ministério em um quartel e obedecendo ordens do presidente (comandante das forças armadas e portanto seu superior) colocando remédio não comprovado no protocolo do ministério e tentando maquiar dados de uma pandemia.
A função dele foi distribuir as verbas de combate à pandemia para governadores e prefeitos, como definiu uma decisão de abril do STF. E ele nomeou para assessores as pessoas de sua confiança. Te garanto que se ele fosse sindicalista, ele não nomearia militares para assessorá-lo.
Militar da ativa não deve participar do governo, nem nomear outros militares. Militar tem outra função na sociedade! Claro que sindicalista não nomearia militares, por que haveria de fazê-lo? Mas também não é necessário nomear um sindicalista como ministro. O governo é civil e deve ser civil. Não convém misturar as coisas e já estamos vendo o resultado dessa mistura que não é lá muito positivo.
Veja a lista acima de ministros da saúde não médicos e comente. Tem sindicalistas nela.
Eles não eram militares.
Quais deles eram militares da ativa, loteando o ministério com outros militares da ativa?