Rodolfo Torres
A senadora Kátia Abreu (DEM-TO), protocolou na manhã desta quarta-feira o pedido de instalação da CPI para investigar o repasse de dinheiro público ao Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST). Acompanharam a parlamentar os deputados ruralistas Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM na Câmara, e Onyx Lorenzoni (DEM-RS).
“O que queremos é fazer uma pressão justa, com o instrumento legal que temos, que é a CPI, para que o financiamento público ao MST tenha fim, pois as cooperativas deles são de fachada”, afirmou a parlamentar, que é presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA).
“O MST não tem e nunca teve nenhum propósito de conseguir um pedaço de terra. É um grupo criminoso, que age à margem da lei, que produz intranquilidade e violência no campo”, complementou.
O colegiado será formado por 34 membros (17 deputados e 17 senadores).
Para o MST, a iniciativa dos ruralistas é uma reação às alterações nos índices de produtividade rural, que servem para classificar se a propriedade é improdutiva e se deve ser desapropriada para fins de reforma agrária.
“Estamos muito tranquilos e não temos nada a temer, porque já fomos investigados em duas CPIs e nada foi encontrado”, afirmou Vanderlei Martini, coordenador do MST, à Rede Brasil Atual. “A própria Katia Abreu deixou claro que está fazendo uma chantagem para impedir as mudanças nos índices”, complementou.
Deixe um comentário