O presidentes nacionais do PDT, Carlos Lupi, e do PSB, Carlos Siqueira, se reuniram na manhã desta terça-feira (19) para debater uma aliança nas eleições municipais de 2020 e presidenciais de 2022.
“Eu fui levar a ele [presidente do PSB] que a gente comece a pensar em uma aliança visando 2020 e 2022. Ele disse que vai levar esse assunto para Executiva e ia dar o retorno. Ele foi simpático pessoalmente, mas disse que tinha que levar o assunto a Direção Nacional do Partido”, disse o presidente do PDT ao Congresso em Foco.
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O partido pelo qual Ciro Gomes concorreu nas eleições presidenciais de 2018 e pretende disputar de novo em 2022 age para se fortalecer diante do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como oposição ao presidente Jair Bolsonaro.
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“Temos que construir uma alternativa que saia do ódio. Ódio mais ódio só multiplicação do ódio, não é como negativo com negativo que dá positivo. A gente tem que começar a pensar no Brasil e encontrar uma saída que saia da política do ódio”, declarou Lupi.
Em 2018, Ciro Gomes também tentou uma aliança com o PSB, mas as conversas foram interrompidas após o PT e o partido socialistas terem feitos acordos nas eleições para o governo de Minas Gerais e Pernambuco, o que permitiu que a sigla socialista não apoiasse Ciro e ficasse neutra na eleição presidencial.
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Cenário parecido pode se repetir no ano que vem. O PT pode abrir mão de disputar a Prefeitura do Recife para apoiar João Campos, que pretende se candidatar pelo PSB.
O filho do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em 2014, participou de almoço com Lula durante a vista dele ao Recife. O deputado federal fez bastantes elogios ao ex-presidente, mas evitou falar de eleição.
“Pode ter uma aliança [entre PSB e PT], agora isso não foi discutido no encontro de hoje, isso não foi debatido. Foi uma visita de Lula ao estado, comemorar a liberdade dele, passou 580 dias preso injustamente devido a um processo conduzido de forma incorreta, hoje isso foi o foco. Isso vai ser tratado ano que vem em relação a eleição e aliança”, disse o João Campos.
O dirigente do PDT minimizou a influência das eleições locais. “Vou lembrar a frase de um papa, a paróquia não pode ser maior que a matriz, então todas as questões paroquiais têm que ser resolvidas em nome da matriz. O Brasil é maior do que qualquer outra cidade”.
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, evitou falar em alianças formais definidas com o PDT, mas se mostrou disposto em negociá-las. “Não foi uma conversa exclusivamente eleitoral, embora também tenha sido tocado o aspecto eleitoral, temos ano que vem a eleição e várias possibilidades de aliança também”, disse ao Congresso em Foco.
O representante do PSB se mostrou a favorável a um diálogo com o PDT e citou semelhanças entre os dois partidos:
“A conversa foi para tratar das perspectivas da nossa unidade futura. Tivemos uma história muito comum na vida republicana, somos originados de dois partidos históricos e temos muita identidade e justamente fizemos essa avaliação e não só do presente, mas também perspectivas, mas não teve definição de nada, foi uma conversa amigável entre dois partidos que têm muitas afinidade”.
Siqueira defendeu também que uma proximidade seja buscada com partidos fora do espectro ideológico da esquerda.
“É uma conversa de dois partidos políticos que têm muito em comum em matéria de história e ideias. O combate que temos que fazer hoje é a defesa da democracia, direitos sociais e da construção de um futuro diferente para o país. Temos várias coisas em comum e sempre pregamos a ideia de uma frente muito mais ampla que a esquerda, o momento exige a criação de uma frente que pode congregar setores de centro e de esquerda”, declarou.
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