O governador de São Paulo, João Doria, sofreu nesta sexta-feira (12) uma derrota interna no PSDB. Por unanimidade, a executiva do partido decidiu referendar os ofícios assinados pelos diretórios estaduais e pelas bancadas da Câmara e do Senado pela permanência de Bruno Araújo à frente da sigla.
Doria pretendia assumir a presidência do PSDB como forma de aumentar seu poder interno e impulsionar sua candidatura à Presidência da República em 2022.
A decisão dos tucanos fortalece o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que tem sido incentivado por adversários de Doria a se lançar ao Planalto. Nesta quinta-feira (11), Eduardo Leite recebeu o apelo de 13 deputados e de um senador, de diversos estados do país, para que percorresse o Brasil e se apresentasse como pré-candidato ao Planalto. Foi o primeiro ato prático contra uma possibilidade de Doria estabelecer uma hegemonia no partido.
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Na Câmara, o governador paulista enfrenta resistência do grupo liderado por Aécio Neves (PSDB-MG). O deputado mineiro faz parte de uma ala que tem defendido maior aproximação com o governo de Jair Bolsonaro.
O mineiro está pressionando a legenda para que promova prévias internas para a escolha do candidato ao Planalto. O esforço, que Aécio fez em manifestação formal ao presidente do partido, Bruno Araujo, foi confirmado por uma fonte dentro do partido ao Congresso em Foco. A Executiva Nacional do PSDB vai analisar o requerimento de Aécio para que haja prévias.
PublicidadeComo os líderes estaduais do PSDB já haviam demonstrado certa contrariedade ao nome de Doria, a ideia de prévias, caso aceita, poderia minar os planos do governador paulista.
Apoio de senadores
Em nota, os senadores tucanos declararam apoio à recondução de Bruno Araújo. “Com a decisão, o partido seguirá mantendo a democracia interna e a convergência na busca de soluções para que o País possa vencer a pandemia e retomar o crescimento com justiça social”, defendem os senadores.
Aliado de Aécio, o deputado Celso Sabino (PA) diz que Doria está cada vez mais isolado dentro do PSDB. “João Doria usa assessores pagos com dinheiro público para tentar me diminuir e atacar a todos que pensam diferente dele. Ele não sabe que maioria e liderança não se impõem, conquistam-se. E seus bajuladores não lhe permitem sentir o ‘pulsar das ruas’. Seu séquito lhe cega. Por isso é crescente seu isolamento no partido. Se continuar agindo dessa forma, daqui a pouco só restarão seus funcionários para ouvi-lo. Todos estão cansados do seu egocentrismo”, disparou pelo Twitter o deputado paraense.
> Após Doria tentar presidir PSDB, Leite diz que sigla não depende de uma pessoa
Tadinho do calça atochada!
Nem seu próprio partido aguenta sua soberba. O partido, inclusive, já discute sua saída do PSDB.
Vai ter que montar uma chapa com o Nhonho Botafogo, e procurar um partido de esquerda para passarem vergonha em 22.
Não fosse o outro candidato ser o França do PT, eu teria pedido aos meus parentes em São Paulo que votassem no adversário de Dória, pense num sujeito que nunca confiei, quebrou logo a primeira promessa que fez, deixando a prefeitura sem terminá-la, viu que não daria conta sozinho de vencer seu oponente e pulou na prancha do Bolsonaro para aproveitar a onda, um oportunista, parece um passarinho cuco, entra no ninho e expulsa os ovos do outro e se aproveita disso, chegou um dia desses já quer ser presidente partido e da nação, está com as costas quentes pela China e acha que pode tudo, novato e já quer sentar na janela, que se fruste mais, aprenda a humildade e a lealdade e lá pelos 80 anos talvez aprenda.
concordo integralmente, mas isso é praxe entre os nossos políticos, vc não acha? Enquanto houver eleitor se comportando como gado pronto pro abate, que se alimenta do capim dado pelos políticos (falsas promessas, frases de efeito, mentiras e mais mentiras, etc.), nossos políticos sempre vão ser assim. Brasileiro tem memória curta – aliás, sequer tem memória… vai sempre ser enganado (não é o seu caso, já demonstrou ter sim memória)