O número de famílias com dívidas em cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro bateu novo recorde em abril de 2020. O patamar de endividados chegou a 66,6% – o maior percentual desde o início da série histórica, em 2010. Os dados são da da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC).
> Após aprovar socorro a estados, Câmara vota auxílio a trabalhadores
Na análise da instituição, o aumento do endividamento está ligado à crise gerada pela pandemia de covid-19.
“A crise com a covid-19 impõe ao governo a adoção de medidas de estímulo ao crédito, na tentativa de manter algum poder de compra dos consumidores. A queda expressiva dos juros e da inflação reduz, respectivamente, o custo do crédito e a pressão sobre a renda, incentivando o endividamento”, avalia José Roberto Tadros, presidente da Confederação.
Para ele, esse dado reforça a importância de se viabilizarem prazos mais longos para os pagamentos ou alongamentos das dívidas, além da busca por iniciativas mais eficazes para mitigar o risco de crédito.
Inadimplência
Apesar do crescimento do indicador de endividamento, a taxa de inadimplência não registrou muita variação e segue no mesmo patamar dos meses anteriores: 25%. O número, entretanto, é maior que em março de 2019, quando foi registrado 23,9%.
“Os resultados mensais favoráveis em relação à inadimplência revelam que, apesar das dificuldades com a quarentena aplicada em diversos estados e cidades, as famílias estão conseguindo quitar os compromissos com empréstimos e financiamentos”, destaca a economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira.
*Com informações da CNC
> Maia defende acordo entre governo e Congresso para congelamento de salários
Deixe um comentário