Candidata a vice-presidente na chapa encabeçada em 2018 por Fernando Haddad (PT), a ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) reprovou a provocação feita pelo deputado Zeca Dirceu (PT-PR) ao ministro da Economia, Paulo Guedes, durante audiência para debater a reforma da Previdência na Câmara na última quarta-feira (3). Para Manuela, a piada não tem graça, associa as mulheres à fragilidade e revela um “machismo de esquerda”. O comentário dela, feito no Instagram, provocou polêmica entre seus seguidores. Veja o post:
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Frente a frente com o ministro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Zeca disse que Guedes era “tigrão” com os aposentados, idosos de baixa renda e agricultores, mas “tchutchuca” com os privilegiados do Brasil. “Tchutchuca é a mãe, é a avó”, reagiu o ministro da Economia. O bate-boca continuou e o presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), encerrou a audiência.
O comentário de Manuela provocou uma clara divisão entre seus seguidores. Nem todos concordaram com o ponto de vista da deputada, conhecida por abraçar a causa feminista. Houve quem a parabenizasse, mas também quem considerasse que o petista não tenha se referido ao ministro como “menina”.
“Sou de esquerda, tenho o máximo respeito pela pauta identitária, inclusive apoio com unhas e dentes, mas não penso que se referir a Guedes como tchutchuca seja motivo para atingir as mulheres. O sentido empregado na frase formada pelo Deputado Zeca Dirceu se refere a fraqueza e subserviência de Guedes quando o assunto é combater a classe privilegiada. Levar o termo colocado pelo Deputado Zeca para outra seara é totalmente desnecessário, inaplicável e foge do debate principal”, escreveu uma seguidora.
Outra fez coro à crítica de Manuela:
“Sobre o episódio ridículo de ‘tigrão e tchutchuca’ na política brasileira:
O debate público só vai evoluir para uma coisa séria quando as mulheres forem qualitativa e quantitativamente representadas no cenário político nacional. O patriarcado é violento, é desrespeitoso, é irresponsável e é chulo. E ele existe do lado direito e do lado esquerdo. A política nacional é dominada, há séculos, por púberes tardios. Lamentável. E vergonhoso.”
Veja a discussão entre Zeca Dirceu e Paulo Guedes:
>> Ação quer que TV Cultura se desculpe por “machismo” contra Manuela D’Ávila
Manuela não entendeu que é necessário, sim, denunciar o caráter carinhoso do Guedes para com os banqueiros. Tchutchuca é o que há de mais carinhoso, por isso o apelido pegou e é correto.
Ô manu, faz um imenso favor ao Brasil suma daqui como fez o teu cunpanhero jean willis e morra por lá pelamordedeus!!!. O país já não aguenta mais essa esquerdalha lixo.
Essa é a posição típica de um fascista. Incapaz de discutir, quer vencer pela expulsão, pela censura, pelo assassinato, como na ditadura militar. Para isso usam milícias, como as que expulsaram Jean Wylys. E usam a indústria falsificadora bilionária do antipetismo.
Crítica ridícula. Ela não se dá conta de que o deputado tocou no ponto crucial da questão de uma forma totalmente inteligível para o povão: Paulo “Tchutchuca” Guedes só tem projeto para ferrar os trabalhadores e privilegiar ainda mais o andar de cima. Muito simples. Associar isso a um pretenso machismo é desmerecer e descaracterizar a luta feminista.
Manuela se ofendeu pela tchutchuca e não pro Guedes! Onde já se viu compará-lo a uma bonequinha tão lindinha!
Manuela “Mulherzinha” D’Ávila é tão despreparada quanto ele. Paulo “Tchutchuca” Guedes perde as estribeiras no Congresso e ela se arde defendendo a boneca. Isso é que é piada ridícula.
E mais! Disse Manoela: “alô esquerda e democratas do meu Brasil varonil”. Para uma feminista e defensora das mulheres usar a expressão “Brasil varonil” é uma tremenda pisada na bola. Será que ela sabe o que quer dizer “varonil”?
Foi uma gozação com a expressão tão usada pelos militares e “patriotas” do último refúgio da canalhice.