No dia primeiro de fevereiro teremos eleição para escolha do novo presidente da Câmara dos Deputados. Em setembro alertei que não deveríamos adiantar o debate da sucessão e que a responsabilidade com o Brasil deveria ser maior que o desejo e a vaidade de ser presidente.
> Baleia Rossi é o candidato do bloco de Maia à presidência da Câmara
Infelizmente, o processo sucessório se impôs e paralisou o Brasil. De lá pra cá, não votamos nenhuma matéria relevante e as reformas, tão necessárias para melhorar o ambiente de negócios do país e atrair investimentos, ficaram em segundo plano, sendo todas adiadas para 2021.
Nos últimos dias a tensão entre os grupos que disputarão a Câmara – Arthur Lira, de um lado e o bloco de Rodrigo Maia de outro – agravou-se e agora temo pelas consequências para o pós-eleição, quem quer que seja o próximo presidente.
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Infelizmente, o presidente Rodrigo Maia afastou-se do papel de moderador dos debates e polo de construção de convergência na Câmara, para jogar a com a divisão do Poder.
> Candidato do grupo de Maia, Baleia Rossi é mais governista que Arthur Lira
A tentativa de embrulhar apenas no bolsonarismo a candidatura do deputado Arthur Lira (PP-AL), que tem 14 anos de história no parlamento defendendo a independência do Poder, respeitando as oposições e cumprindo os compromissos que firma, não é justa, assim como não é justo embrulhar o presidente Rodrigo Maia no autoritarismo e no desrespeito à Constituição apenas pelo vacilo dele quando precisava rechaçar a inconstitucional tese da reeleição.
A eleição passará e precisaremos de um ambiente de diálogo e tolerância para servir ao Brasil e aos brasileiros, aprovando as reformas necessárias para superar os efeitos sanitários, econômicos e sociais da pandemia.
A Câmara de Ulisses Guimarães, de Almino Afonso, de Tancredo Neves, não se submeterá a caprichos de ninguém. A Câmara dos Deputados é expressão da diversidade do povo brasileiro e ninguém, nem de fora e nem de dentro, a tomará de assalto.
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