O presidente nacional do União Brasil, o deputado Luciano Bivar (PE), anunciou nesta quarta-feira (4) que o partido saiu do bloco formado pelo PSDB, Cidadania e MDB para lançar uma candidatura “pura” à Presidência da República. O bloco prometia lançar um único candidato à Presidência no próximo 18 de maio. Com o anúncio do União, o partido deve seguir com o projeto da candidatura presidencial de Bivar com o ex-ministro Sérgio Moro na vice. O anúncio de Bivar foi após uma reunião da Executiva do partido.
“Esperamos até o último momento para ver se fazíamos uma coligação com outros partidos. Entretanto, outros partidos não tiveram a mesma unidade que tem o União Brasil. Então, em função disso, não restou a nós uma única alternativa a não ser sairmos com uma chapa pura”, comentou Bivar em um post do Twitter. “Por que sair com uma chapa pura? Porque a gente não aceita. Eu me recuso a aceitar os extremos que estão aí estabelecidos [em referência a Lula e Bolsonaro]. Então é por isso que o União Brasil segue em frente para essa candidatura definitivamente para em outubro desse ano nós nos candidatarmos e sermos eleitos presidente desse país”, completou.
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Mensagem do presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar. pic.twitter.com/B3R4FvCDfp
— União Brasil 44 (@uniaobrasil44) May 5, 2022
O União Brasil é um dos maiores partidos do país. Sua bancada é a terceira em tamanho na Câmara dos Deputados. A legenda de centro é uma das “noivas” dos pré-candidatos à Presidência da República seja pelo tempo de TV, seja pelo fundo partidário. Segundo informações da Associação Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), o partido deve abocanhar cerca de R$ 770 milhões do fundo eleitoral, representando 15,73% dos R$ 4,9 bilhões destinados a todos os partidos políticos. O PT está na segunda posição, perspectiva de receber R$ 484 milhões, ou seja, 9,89% do total.
A tendência agora é o PSDB sair com o Cidadania, também sozinhos, com a candidatura presidencial do ex-governador João Doria, ou coligar com o MDB, que tem como projeto presidencial a pré-candidatura da senadora Simone Tebet. Internamente, lideranças do União faziam restrições ao projeto do tucano. Caciques ouvidos pelo Congresso em Foco afirmaram que a tendência, mesmo com a candidatura de Bivar e Moro, é que a União Brasil libere os diretórios estaduais na escolha dos candidatos presidenciais. Isso ajudaria projetos como o de reeleição de Ronaldo Caiado, em Goiás, aliado de outrora do presidente Bolsonaro (PL), e da campanha de ACM Neto ao governo da Bahia, que está num caminho até agora “neutro” na disputa presidencial.
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