O ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), ex-ministro e ex-deputado Ricardo Berzoini, se mostrou surpreso ao saber da suposta petição de ala petista contrária à aliança do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin com o ex-presidente Lula, nas eleições de 2022.“Nesse momento nós temos que trabalhar com tranquilidade. Eu não faria nenhum documento, esperaria o diálogo interno”, pondera o petista em conversa com o Congresso em Foco Insider. “E, principalmente, valorizando a opinião de Lula que extrapola o PT.”
Um outra fonte do Partido dos Trabalhadores afirmou que não há nada certo sobre a aliança entre Alckmin e Lula e ainda questionou: “Se ela ocorrer”. Porém, para o membro do partido, a aliança teria um significado político importantíssimo.
“Estamos num país destroçado. Economia, saúde, educação, direitos humanos, tudo destroçado. O ideal seria uma ampla frente democrática para restabelecer a força democrática e que tivesse compromisso com a democracia, repudiando esse governo que está aí.”
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Para Rui Falcão, petição contra aliança é “legítima”
O deputado e ex-presidente do PT Rui Falcão (SP) confirmou ao Insider que assinou a petição contra a aliança entre Lula e Alckmin na qual o tucano viria como candidato a vice-presidente nas eleições de 2022.
“Quem quiser fazer abaixo assinado a favor tem todo o direito. Esse debate (sobre quem seria vice de Lula) não está posto, não está organizado. Nem o Lula é candidato oficial ainda. É extemporâneo escolher um vice antes que a candidatura esteja oficializada”, explica o deputado petista.
De acordo com lideranças do PT contrárias à aliança com Geraldo Alckmin, é necessário que o escolhido tenha afinidade com o programa do partido. A reação de Alckmin à declaração do ex-presidente sobre revogar a reforma trabalhista, se eleito, acendeu o alerta no partido.
“O Lula de hoje não é o Lula de 2002, que precisou de um vice como José Alencar ao lado. Hoje, Lula é um estadista e não precisa de muleta”, comenta a liderança. “Tem quem seja contra essa aliança com o Alckmin, mas que não fala com medo de atrapalhar Lula.”
O abaixo assinado que circula entre partidários de São Paulo deve ser ampliado para todos os diretórios do país.
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