O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, declarou, no seu perfil do Twitter, apoio à candidatura do ex-senador Roberto Requião para o governo do Paraná.
Estamos comprometidos a apoiar no Paraná o companheiro @requiaooficial. Vou trabalhar para que ele seja candidato a governador e que o PT o apoie.
— Lula (@LulaOficial) February 3, 2022
Requião deixou o MDB no ano passado e está sem partido. Ao Congresso em Foco, ele informou que deverá definir ainda este mês a sua nova filiação. Segundo ele, isso dependerá dos avanços em torno dos apoios à sua candidatura e a construção da federação de partidos que o PT constrói nesse momento com o PSB, o PCdoB e o PV.
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“O PT e o PSB são opções”, disse Requião ao Insider. “O PDT me apoia também”, completou.
Segundo Requião, sua ideia é formar uma frente ampla de oposição no Paraná para se contrapor ao lavajatismo no estado. “Lula me considera um amigo. E eu o considero um amigo também. Ele diz que eu o critico. Mas é uma crítica positiva. Companheiro precisa criticar companheiro”, diz Requião.
“Eu sempre fui um crítico da Lava Jato pelo seu claro viés político”, diz o ex-senador. “O que não quer dizer que a corrupção não tenha existido e que o [Antonio] Palocci [ex-ministro da Fazenda de Lula] tenha sido um santo”.
Para Requião, Lula constrói em torno da sua candidatura um projeto de reconstrução democrática. E, nesse sentido, a ampliação de apoios é algo aceitável. “Eu só não suporto muito alguns ‘ministros’ do Lula, como Henrique Meirelles e Nelson Barbosa”. Meirelles foi presidente do Banco Central no primeiro governo Lula, e Nelson Barbosa ministro da Fazenda no governo Dilma Rousseff. “Há erros nesse processo, mas eles serão corrigidos”.
Quanto à possibilidade de aliança de Lula com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin para tê-lo como candidato a vice, Requião não considera um problema. “Pouco me importa quem será o vice, se houver um programa claro de governo a que todos estejam comprometidos”, considera. “Um programa econômico eficiente, moderado, mas claro em defesa da população e do combate à desigualdade”.
“Eu não deixo de criticar. É importante que o lulismo não vire um credo”, diz o ex-senador. “Porque nesse credo eu não vou virar um crente”.
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