O Grupo Itapemirim conseguiu adiar uma audiência judicial que analisaria o afastamento do dono do Grupo, Sidnei Piva de Jesus, do comando da empresa. Prevista para ocorrer nesta quarta-feira (16), a sessão também investigaria os repasses feitos do Grupo para a Itapemirim Transportes Aéreos (ITA).
Os credores da empresa solicitam o afastamento da direção devido ao descumprimento do cronograma de pagamentos por parte do Grupo. O Grupo Itapemirim está em recuperação judicial desde 2016, com débitos de aproximadamente R$ 2 bilhões. A administradora judicial EXM Parteners estima que R$ 32 milhões do Grupo foram destinados para a empresa área desde a sua criação, em 2020.
Segundo o Valor Econômico, os advogados do grupo solicitaram a retirada do agravo da pauta de julgamento. A nova sessão está prevista para o o dia 6 de março.
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A ITA encerrou as atividades de maneira abrupta no dia 17 de dezembro de 2021, com menos de um ano de operação. A suspensão ocorreu dois dias após o Congresso em Foco denunciar que Sidnei Piva, em plena recuperação judicial da Itapemirim, havia aberto uma empresa no Reino Unido no valor de £780 milhões, quase R$ 6 bilhões na cotação atual.
Em janeiro deste ano, a Delegacia da Polícia Civil de Barueri (SP) abriu novo inquérito contra o dono do Grupo Itapemirim, para investigar o uso de CPFs falsos pelo empresário.
Desde o fim das atividades da aérea, cinco aeronaves já foram devolvidas às empresas de leasing, as reais proprietárias das aeronaves. No entanto, a assessoria da ITA afirma que os aviões foram enviados aos Estados Unidos para “manutenção”.
No começo deste mês, o braço rodoviário do Grupo Itapemirim também sofreu baixas. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo determinou a busca e apreensão de 61 ônibus da Viação Itapemirim por falta de pagamento.
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