Nenhum dos apoiadores golpistas do presidente Jair Bolsonaro (PL) que tentaram invadir a sede administrativa da Polícia Federal (PF) na noite dessa segunda-feira (12) foi preso até o momento. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), a Polícia Civil do Distrito Federal está apurando para identificar os participantes. Mais de dez veículos, entre automóveis e ônibus, foram incendiados. Eles também depredaram a 5ª Delegacia de Polícia (Asa Norte).
Em nota, a SSP-DF afirmou que a ação da Polícia Militar se concentrou em dispersar os manifestantes para “redução dos danos e para evitar uma escalada ainda maior dos ânimos”. A secretaria afirmou que os atos de vandalismo foram praticados por “grupos isolados” e que caberá à PF “apurar os crimes relacionados aos atos que atentem contra a instituição e crimes de natureza federal”. O presidente Jair Bolsonaro ainda não se pronunciou sobre o assunto.
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O Detran e o Corpo de Bombeiros Militar do DF atuaram após a dispersão dos manifestantes para normalizar o trânsito e retirar os veículos carbonizados. Segundo a SSP-DF, um senhor de 67 anos passou mal e foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Sebastião.
A secretaria destacou que o centro de Brasília segue com forte monitoramento da segurança pública, que também reforçou o policiamento na área central e nas imediações do hotel em que o presidente eleito Lula (PT) está hospedado.
“Como medida preventiva, o trânsito de veículos na Esplanada dos Ministérios segue restrito, com fechamento da via S1, no Eixo Monumental, a partir da alça da Rodoviária do Plano Piloto até a via L4. A via N1 está interditada a partir do acesso à via L2 até a L4. O acesso à via N1 pela N2, no Ministério da Economia, também está fechado”, destacou a nota. O acesso à Praça dos Três Poderes segue restrito.
Procurada, a Polícia Federal afirmou não ter “novas informações sobre o fato que não as já divulgadas”. Na noite dessa segunda-feira, a corporação afirmou que os “distúrbios verificados” estavam sendo contidos com o apoio de outras forças de Segurança Pública do Distrito Federal.
Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), a tentativa de invasão foi coordenada por um pequeno grupo de indígenas que participava do acampamento em frente ao quartel-general do Exército, em protesto contra a prisão do indígena Tserere, suposto cacique, autor de discursos exigindo o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF). Outros manifestantes, também com a camisa da seleção brasileira de futebol, se juntaram em seguida.
A PMDF também enviou um destacamento para tentar retomar o controle da situação, que evoluiu para uma onda de violência no centro da cidade. As principais vias de acesso à região também foram fechadas. O delegado-geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Robson Cândido, disse que todo o efetivo da corporação está mobilizado para cumprir eventuais prisões decorrentes dos atos de vandalismo.
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