O Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) anunciou nesta terça-feira (18) a exoneração do assessor Marco Aurélio Oliveira Barboza, que trabalhava no gabinete do deputado distrital Daniel Donizet (PL). O funcionário é investigado pelo estupro e por agressões físicas contra uma garota de programa em Brasília, que também acusa o parlamentar de omissão de socorro.
Para quem tem pressa:
-Um assessor do deputado distrital Daniel Donizet foi exonerado após ser acusado de estupro e agressões físicas por uma garota de programa em Brasília.
-A vítima relatou que durante um encontro sexual, o assessor a agrediu violentamente, causando ferimentos no rosto, e tentou estuprá-la sem proteção.
-A acompanhante também acusou o parlamentar de omissão de socorro, afirmando que ninguém presente no local prestou auxílio, incluindo o deputado, que é uma autoridade.
-A Procuradoria da Mulher da Câmara Legislativa levou o caso à Polícia Civil do Distrito Federal para investigação.
-Tanto o assessor quanto o deputado negaram as acusações, com o assessor buscando sua exoneração para evitar prejudicar o parlamentar e afirmando que contribuirá com as investigações para provar sua inocência.
O caso foi revelado na semana do dia 13 pelo G1. A vítima, uma acompanhante de luxo de 25 anos, disse ter viajado para Brasília junto com um duas colegas em março, durante a Marcha dos Prefeitos, quando fecharam um contrato que incluía uma noite com o assessor, deputado e um assistente. Os seis viajaram alcoolizados até o Núcleo Bandeirante, cidade do DF conhecida pelo grande número de motéis, e alugaram uma suíte.
“Eu fui com o Marco Aurélio. Durante o ato sexual, (…) ele começou a bater no meu rosto violentamente. (…) Ele estava muito bêbado, começou a bater muito no meu rosto. Eu pedia para ele parar, ele não parava. Começou a acertar o meu olho, machucar o meu olho, ele não parava. Então ele tirou a camisinha, continuou me batendo (…) e tentou me penetrar sem a camisinha”, relatou a suposta vítima em vídeo.
Em seu depoimento, ela também acusou nominalmente o parlamentar de omissão. “Todos os presentes no momento não me auxiliaram, não prestaram socorro. Todos omitiram socorro, inclusive o Daniel Donizet, que é deputado, é uma autoridade que poderia resolver, tomar a frente ali do crime que seu amigo estava cometendo, já que ele é tão defensor das mulheres”, declarou. Ela também afirmou não ter chamado a polícia no momento por medo de retaliação.
O caso foi levado pela Procuradoria da Mulher da CLDF à Polícia Civil do Distrito Federal (CLDF). Na mesma semana da publicação do vídeo, a assessoria de comunicação do deputado emitiu uma nota negando o cometimento do crime. “Trata-se de uma denúncia infundada. O deputado Daniel Donizet não estava presente no local e não participou do evento. O inquérito policial corre em segredo de justiça e, por essa razão, não pode passar outras informações sob pena de atrapalhar as investigações”, argumentam.
Marco Aurélio, por meio de sua defesa jurídica, também negou o cometimento de estupro, e justificou que sua demissão busca não prejudicar o distrital. “Venho, por meio desta nota, informar que pedi minha exoneração do cargo que ocupo no gabinete do deputado Daniel Donizet para que as denúncias infundadas que estão sendo atribuídas a mim, não recaiam ao parlamentar por oportunismo político. Por fim, continuarei contribuindo com as investigações para comprovar minha total inocência”, publicou.
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