Com as eleições municipais de 2024 se aproximando, a corrida pela prefeitura de São Paulo é uma das mais visadas nacionalmente. A deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) afirmou, durante entrevista no Congresso em Foco Talk nesta quinta-feira (21), que acha “improvável” que Marta Suplicy seja escolhida como vice do pré-candidato a prefeito e atual deputado Guilherme Boulos (Psol-SP).
Confira a íntegra da live:
Segundo o último levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, divulgado em 13 de dezembro, Boulos lidera as intenções de voto para a prefeitura de São Paulo com 31,1%. Logo atrás vem o atual prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB-SP), que acumula 25,4% das intenções. Os dois são seguidos pelos deputados federais Tabata Amaral (8,9%), Ricardo Salles (8,3%) e Kim Kataguiri (5,4%).
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Para Sâmia Bomfim, a discussão sobre ter uma mulher como vice na chapa de Boulos é bastante importante. Ela acredita, porém, que Marta Suplicy não será escolhida, em razão do “comportamento e perfil da militância petista em São Paulo”. A escolha para vice do Psol é de atribuição do PT, conforme acordo firmado entre as siglas. Portanto, não há poder de veto para nenhum nome.
Atualmente, a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy é secretária de Relações Exteriores da capital. Nomeada por Bruno Covas, ex-prefeito que faleceu em maio de 2021, ela se manteve no cargo mesmo após Ricardo Nunes, que faz constantes acenos a Bolsonaro, assumir a prefeitura. De acordo com Sâmia, o eventual alinhamento de Marta ao Psol na chapa “seria uma ruptura grande, um reposicionamento”.
“Acho que se aventa esse nome, porque ela tem uma relação pessoal com o Lula, uma relação de confiança política. E porque é uma mulher que já teve uma gestão bem avaliada sobretudo nas periferias de São Paulo, que é onde na hora do ‘vamos ver’ o que define o voto. E também é um pouco do termômetro, de como se sente uma boa gestão e boas propostas”, aponta a deputada.
Polarização na disputa
Sâmia Bomfim também disse, durante a live, que as eleições municipais serão polarizadas, com uma dúvida central: “Quem será o candidato do Lula e quem será o candidato do Bolsonaro?”. Ela avalia que quem for apoiado por Bolsonaro em São Paulo “tem muito mais dificuldade no cenário eleitoral” do que o candidato apoiado por Lula.
De acordo com a parlamentar, “a rejeição [à esquerda] não se manifesta, pelo menos por ora, na maioria do eleitorado a partir do que indicam as eleições”. Na capital e na região metropolitana, o presidente e o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foram os candidatos mais votados nas eleições de 2022.
“Vai ser, mais do que nunca, uma disputa nacionalizada. Tenho alguma dúvida se a figura do Bolsonaro vai contar tanto, mas sem dúvida a figura do Tarcísio de Freitas, que é o governador do estado de São Paulo, vai ser determinante na campanha”. Sâmia participou do programa ao lado de seu marido, o também deputado Glauber Braga (Psol-RJ). Eles foram entrevistados por Edson Sardinha, diretor de redação do Congresso em Foco, e Lucas Neiva, repórter do site.
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