Por 37 votos contra nove, o plenário do Senado Federal barrou a indicação do embaixador Fabio Mendes Marzano para exercer o cargo de Delegado Permanente do Brasil em Genebra. A indicação foi declinada após pedido do senador Major Olímpio (PSL-SP), que criticou a forma como Marzano se dirigiu à senadora Kátia Abreu (PP-TO)durante sabatina na Comissão de Relações Exteriores.
“Ao ser sabatinado na comissão por uma das nossas senadoras, quando ela argumentava, de forma coerente – como o Senado tem obrigação – esse senhor, de maneira grotesca, irresponsável, simplesmente disse que não era de sua alçada e não responderia à senadora. Então eu peço ao Senado que não vote por essa indicação”, disse.
“Eu quero dizer agora para o Brasil: se o Senado votar com esse cara – é cara! – nós estamos negando a nossa própria existência e o nosso respeito a cada um de nós. [..] Vir aqui dizer o que foi dito, de forma grotesca, dizendo que é do time do chanceler, pro inferno o chanceler! Respeito aos senadores!”, disse.
Leia também
O debate na comissão
Ao ser questionado por Katia Abreu sobre qual seu posicionamento sobre a influência da questão ambiental no acordo comercial entre União Europeia e Mercosul, Marzano disse que não poderia responder à questão.
“Na verdade a delegação em Genebra não se ocupa de temas ambientais. As temáticas estão mais relacionadas com direitos humanos. Há em Genebra alguns mecanismos, mas são subsidiários, como a convenção de Convenção de Minamata sobre Mercúrio e a convenção sobre proteção de flora e fauna, mas a delegação não se ocupa do acordo Mercosul/União Europeia. Se a senhora me permite, eu não estaria mandatado para opinar aqui sobre o acordo”, disse o embaixador.
Insatisfeita com a resposta do embaixador, a senadora complementou: “Um delegado permanente que se recusa a comentar o acordo eu só tenho a lamentar, porque alguma coisa o senhor poderia falar. A sua opinião me interessa bastante porque é mais uma força na embaixada do Brasil em Genebra lutando pelo que é mais importante para nós […] Se ele nem dessa forma pode comentar algo, o Itamaraty está virando uma casa dos terrores sinto muito por este caso, que é perto de um vexame, que esta comissão está passando”, afirmou.
Nesta terça, após o plenário barrar a indicação, a senadora agradeceu aos colegas.
“O Senado tem um papel muito importante na política externa brasileira. Nós sabemos o que estamos fazendo, queremos que nosso país avance. Essa casa se posiciona hoje com respeito ao povo brasileiro, colocamos a nossa posição, não de arrogância, mas tranquila, adequada, de quem respeita o parlamento brasileiro. Quero agradecer e parabenizar o parlamento brasileiro”, disse.
> Com 38 dias de atraso, Bolsonaro cumprimenta Joe Biden por eleição nos EUA
Não vou nem entrar na questão ideológica partidária sobre de quem é essa indicação, pois nem sabia dessa indicação, mas considerando o dito: “Essa casa se posiciona hoje com respeito ao povo brasileiro, colocamos a nossa posição, não de arrogância, mas tranquila, adequada, de quem respeita o parlamento brasileiro.”, faço 2 perguntas:
1 – Cadê o respeito do senado ao povo brasileiro, que não cumpre seu dever em votar “impeachment” de bandidos de toga?;
2 – Cadê o respeito do senado ao povo brasileiro, principalmente dessa senafora, que até hoje sequer se pronunciaram sobre a denúncia de estupro contra o senador Irajá?
Bando de cafajestes, isso sim que são esses senadores!
Se parecem muito com a quadrilha do bozo não é?