O Instituto Brasil-Israel (IBI) informou na tarde deste sábado (7) que o número de mortos em Israel já passa de 250. O grupo islâmico Hamas realizou uma das maiores ofensivas contra o país do Oriente Médio. No início do dia, o bombardeio do grupo terrorista ainda deixou cerca de 800 feridos. Dezenas de civis israelenses foram sequestrados e levados para a Faixa de Gaza.
“Repudiamos o ataque terrorista sem precedentes, orquestrado pelos grupos terroristas Hamas e Jihad Islâmica, ao Estado de Israel e sua população civil, na manhã deste sábado. Expressamos nossa solidariedade e respeito às vítimas dos atentados, seus familiares e à soberania de Israel. Conclamamos todas as vozes do diálogo, países e organismos internacionais, a condenarem a ação de terroristas e a morte de civis, na construção de um caminho que evite o prolongamento da tragédia e uma solução definitiva para os desafios na região”, afirmou o Instituto em nota.
O IBI postou no X, antigo twitter, um depoimento da correspondente Daniela Kresch, que está na capital do país, Tel Aviv, para comentar sobre os ataques que colocaram Israel em estado de guerra. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deu início imediato à operação Espadas de Ferro para responder aos ataques com reservistas convocados.
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Daniela Kresch, correspondente do IBI em Tel Aviv, explica o ataque do Hamas contra Israel e garante: a situação é sem precedentes. pic.twitter.com/JCMs2r5mAQ
— Instituto Brasil-Israel (@ibi_br) October 7, 2023
Feriado judeu
O correspondente da i24 News na região, Hamdah Salhut, informou também via X que tropas israelenses se deslocaram para comunidades do sul para enfrentar o Hamas. Ela acrescentou que, ao todo, há conflito em sete áreas ao redor da Faixa de Gaza e que o Hamas conseguiu dominar três delas.
O embaixador de Israel nos Estados Unidos, Michael Herzog, se manifestou ao classificar o lançamento de mísseis como um “ataque massivo terrorista sem razão” em áreas civis do país, o que inclui infiltrações do Hamas em cidades israelenses por meio da Faixa de Gaza.
“A ofensiva ocorreu enquanto os israelenses estavam celebrando um feriado judeu religioso. O ataque não pode e não ficará sem resposta, e nós esperamos que o mundo livre condene os ataques de modo inequívoco e apoie o direito de Israel se auto defender.”
Ministério
O ministério das Relações Exteriores se pronunciou em sua página oficial. Segundo a nota, o governo brasileiro condena a série de bombardeios e ataques terrestres realizados hoje em Israel a partir da Faixa de Gaza e expressa condolências aos familiares das vítimas e manifesta sua solidariedade ao povo de Israel.
“O Brasil lamenta que em 2023, ano do 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, se observe deterioração grave e crescente da situação securitária entre Israel e Palestina. Na qualidade de Presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil convocará reunião de emergência do órgão.”
O governo brasileiro reiterou o compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Reafirma, ainda, que a mera gestão do conflito não constitui alternativa viável para o encaminhamento da questão israelo-palestina, sendo urgente a retomada das negociações de paz.
Não há, até o momento, notícia de vítimas entre a comunidade brasileira em Israel e na Palestina.
Publicação editada na noite de sábado (7) para atualizar o número de mortos.
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