O indicação do diplomata de carreira Nestor Forster para o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos foi aprovado por unanimidade nesta quinta-feira (13) na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado. Para ser efetivada, a nomeação ainda precisa passar pelo plenário da casa, mas a aprovação na CRE dá inicio ao fim de um período de oito meses de vacância em um dos postos mais estratégicos do Itamaraty.
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A vaga está aberta desde que Sergio Silva do Amaral, indicado pelo ex-presidente Michel Temer, deixou a capital norte-americana, Washington D.C., em junho de 2019. Um mês depois, quando Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) completou 35 anos, idade mínima para assumir a chefia de uma missão diplomática permanente, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou que pretendia indicá-lo para o cargo.
“O meu filho Eduardo fala inglês, fala espanhol, há muito tempo roda o mundo todo, goza da amizade dos filhos do presidente Donald Trump, o qual eu torço pra ele ser reeleito ano que vem, assim como torço para o [Maurício] Macri ser reeleito na Argentina no corrente ano. Torcida, né?”, disse o presidente em 11 de julho.
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“E existe a possibilidade e depende do garoto. Só que ele tem que, se eu não me engano, renunciar ao mandato dele, caso aceite um convite. E passe pelo Senado, obviamente, também, tá certo?”, completou na ocasião.
A possível nomeação provocou reações instantâneas de políticos e diplomatas. Um parecer do Senado, responsável por analisar as indicações para esses cargos, considerou que haveria nepotismo na indicação de Eduardo para embaixador.
PublicidadeMesmo assim, os dois seguiram com a ideia, que só saiu do mapa em 22 de outubro, quando o deputado anunciou em plenário que desistiu do cargo. Eduardo declarou que a decisão não veio por medo de uma provável derrota no Senado, mas por levar em consideração o eleitorado que não apoiava a nomeação.
“É uma decisão que eu estava pensando há muito tempo. A gente escuta conselho de muita gente. Além disso tem a questão do meu eleitorado, confesso não era a maioria que estava apoiando a ida”, disse no dia.
Após a desistência de Eduardo, o nome de Forster ganhou força. Pouco mais de um mês depois, em 26 de novembro, as expectativas foram confirmadas, com a indicação ao Senado do diplomata de carreira para o posto.
Nesta quinta, o processo de reocupar o cargo deu o primeiro passo dentro do Senado, mas aliados do governo pediram pressa. Após a votação, a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) solicitou urgência na indicação, para que ela seja votada logo no plenário.
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