A ministra da Informação do Líbano, Manal Abdel Samad, renunciou neste domingo (9). Sua saída se dá em meio à crise causada pela explosão no porto de Beirute na última terça-feira (4). A tragédia foi responsável pela morte de mais de 150 pessoas, outras seis mil ficaram feridas e 300 mil desabrigadas.
“Depois do enorme desastre em Beirute, apresento minha renúncia do governo. Peço desculpas aos libaneses, não atendemos às suas expectativas”, afirmou.
O primeiro-ministro do Líbano, Hassan Diab, disse na noite de sábado (8) que vai propor eleições parlamentares no país. Ele culpa a classe política pela tragédia.”Eleições antecipadas podem permitir a saída da crise estrutural”, disse em um pronunciamento. “Estamos em estado de emergência quanto ao destino e ao futuro do país”, afirmou.
Desde as primeiras horas de sábado (8), a população está nas ruas protestando contra o governo libanês. Os ministérios das Relações Exteriores, Economia e Energia foram invadidos.
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Na manhã de domingo, Jair Bolsonaro afirmou pelo Twitter que participou de uma reunião com autoridades de outros países para dar suporte ao povo libanês.
– Às 09hs videoconferência internacional de Apoio Beirute e ao povo Libanês.
Publicidade– Emmanuel Macron;
– Representante da ONU;
– Presidente do Líbano;
– Donald Trump;
– Egito, Catar, Jordânia;
– Jair Bolsonaro… pic.twitter.com/ThTTmNP5Ti— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) August 9, 2020
Além de manifestar apoio e solidariedade à famílias atingidas pela explosão, Bolsonaro também disse que convidou o ex-presidente Michel Temer para chefiar a missão humanitária elaborada pelo Brasil. “Estamos prestando assistência humanitária emergencial e propondo ações em médio e longo prazo em benefício da sociedade libanesa”, anunciou.
De acordo com Bolsonaro, o país vai enviar ao Líbano nos próximos dias uma aeronave com medicamentos, além de quatro mil toneladas de arroz e uma equipe técnica para auxiliar na perícia da explosão.
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O Líbano tá igual ao Brazil. Qualquer coisa que acontece e logo alguém pede eleições gerais. Como se a competência e a responsabilidade fossem elegíveis.