A Polícia Federal (PF) ouve nesta quarta-feira (25) o cantor e ex-deputado federal Sérgio Reis. Além dele, a PF também vai receber o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) dentro do inquérito que apura atos antidemocráticos. Sérgio Reis é acusado de ameaçar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e incitar atos violentos contra as instituições. Em mensagem de áudio, ele afirmou que se não tirassem os ministros do Supremo em 30 dias, seria preciso “invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra”.
Em um vídeo, o artista também convocou caminhoneiros para um protesto em Brasília no dia 7 de setembro, data em que apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro, se organizam para uma manifestação contra o STF e a favor de outras causas defendidas por Bolsonaro, entre as quais, uma maior intervenção do Executivo no Legislativo e no Judiciário.
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Sérgio Reis foi alvo de uma operação da PF na última sexta-feira (20) por uma ação expedida pelo ministro da Corte, Alexandre de Moraes. A ação do ministro atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República para autorizar a diligência.
No mesmo dia Alexandre de Moraes foi citado em um pedido de impeachment encaminhado por Bolsonaro ao Senado.
O deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ), que faz parte da base do presidente Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, é mencionado na mesma operação da PF. Sobre ele pesa acusações de incitar a Suprema Corte. O parlamentar também tem promovido, nas redes sociais, convocações para protestos e invasão ao STF. Otoni deve ser ouvido na próxima semana pela Polícia Federal.
O cantor Sérgio Reis admitiu, em entrevista ao Congresso em Foco, que cometeu um “erro” ao convocar os atos contra o STF. ““Eu errei mesmo, errei muito. Não devia ter falado, porque as pessoas pensam… Falei com um amigo. Ele postou num grupinho. Um amigo da onça. É da vida”, disse.
Após as manifestações, Sérgio Reis chegou a ser “cancelado” na internet. Ele informou que perdeu campanhas publicitárias, parcerias para um novo disco, e recebeu críticas da classe artística e política. “Querem me massacrar. Já estou tendo prejuízo”, afirmou.
> Em quatro anos de Câmara, nenhum projeto de Sergio Reis virou lei
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