Na manhã desta sexta-feira (30), quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abriu a última sessão do julgamento que vai selar o futuro político do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL), a ministra Cármen Lúcia precisou de menos de um minuto para colocar fim aos planos breves de Bolsonaro. Foi da ministra, que é vice-presidente da Corte Eleitoral, o voto que deu maioria pela inelegibilidade do ex-presidente.
Veja quem vota nesta sexta-feira
Cármen Lúcia chegou ao TSE em 2006, indicada pelo então presidente Lula (PT), que novamente ocupa o Palácio do Planalto. Na Corte Eleitoral, coube à Cármen Lúcia o mérito de ser a primeira mulher a presidir o TSE, quando comandou as Eleições Municipais de 2012.
Em 2024, a ministra também deverá ser a primeira mulher a presidir a Corte Eleitoral por duas vezes, já que assumirá o comando do Tribunal no final do segundo biênio do ministro Alexandre de Moraes. O atual presidente termina o mandato no dia 3 de junho do próximo ano.
Cármen Lúcia ocupou a Presidência do TSE até o término de seu último biênio como membro do Colegiado, no dia 14 de novembro de 2013. Discreta e de poucas palavras, a magistrada retornou como membra efetiva da Corte em 2022, em uma das três cadeiras destinadas ao Supremo Tribunal Federal. Ainda nesta semana, a ministra recebeu em plenário uma homenagem do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, pelos 17 anos como membro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Natural de Montes Claros (MG), Cármen Lúcia se formou em Direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-MG) e fez mestrado em Direito Constitucional pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Também atuou como professora titular de Direito Constitucional da PUC-MG, como advogada e procuradora do estado de Minas Gerais, segundo consta no site da instituição.
Além de Cármen Lúcia, dois ministros precisam proferir o voto nesta sexta-feira no processo que pode resultar na inelegibilidade de Bolsonaro: Kássio Nunes Marques e o presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes. A sessão desta sexta será a última da Corte antes do recesso do judiciário. A sessão desta quinta-feira foi suspensa por Moraes por volta das 13h, logo após o ministro André Tavares votar pela inelegibilidade de Bolsonaro. Com o voto, o placar pela inelegibilidade de Bolsonaro está em 3 a 1.
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