A Polícia Federal (PF) retomou as investigações sobre Adélio Bispo, autor da facada em Jair Bolsonaro. Neste próximo passo está prevista a análise de dados bancários e do celular de Zanone Manuel de Oliveira, principal advogado de Adélio.
O delegado da PF Rodrigo Morais Fernandes também confirmou que vai apurar as informações fiscais e as imagens do circuito interno de TV do escritório de advocacia onde trabalha Zanone.
A reabertura do inquérito foi autorizada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) no início de novembro, dando seguimento ao processo que se encontrava arquivado desde 2019.
A PF já concluiu duas vezes que Adélio agiu sozinho no atentado. Bolsonaro e aliados sustentam que o acusado não teria como pagar os honorários dos advogados e, por isso, deveria ser apurado quem pagou a conta.
Em 2019, o desembargador Néviton Guedes, relator do caso, votou a favor de ação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que argumentou que não era Zanone o investigado por tentativa de homicídio e que as investigações quebravam o sigilo profissional do advogado.
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Em depoimento, Adélio Bispo conta que agiu por “ordem divina” e que tinha desprezo pelo então candidato porque Jair Bolsonaro, católico, teria se “infiltrado” no meio evangélico para angariar votos para a eleição. “Ele é um impostor, meramente um impostor”, disse em depoimentos na época.
Adélio cumpre pena em regime fechado no presídio federal de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, desde 2018. Ele foi absolvido pela Justiça por ser considerado incapaz de responder por seus atos, mas continua recluso uma vez que no entedimento dos juízes é uma pessoa considerada de alta periculosidade e sua liberdade poderia representar perigo a terceiros.
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