A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão como parte de uma investigação sobre um esquema de fraudes em certificados de vacinação contra a covid-19, que, segundo as apurações, beneficiaram o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Os alvos são dois agentes públicos ligados ao município de Duque de Caxias (RJ), suspeitos de inserir informações falsas sobre vacinação nos sistemas do governo federal. Entre eles estão o ex-prefeito de Duque de Caxias e atual secretário de Mobilidade Urbana do governo estadual do Rio, Washington Reis (MDB-RJ), e a atual secretária de Saúde do município, Célia Serrano. O deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ), irmão de Washington Reis, já estava sendo investigado anteriormente.
Esta é a segunda fase da Operação Venire, que começou com a prisão do tenente-coronel Mauro Cid em maio do ano passado. A PF visa identificar novos envolvidos no esquema.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou à PF que aprofundasse as investigações após receber o relatório final sobre o caso das vacinas em março deste ano, o que motivou a nova fase da operação.
No relatório final, a PF havia indiciado Jair Bolsonaro e outros suspeitos pelas fraudes nos certificados de vacinação. Segundo as investigações, Mauro Cid, em sua delação premiada, afirmou que inseriu dados falsos de vacinação a pedido do ex-presidente.
Após essa operação, a PF provavelmente abrirá uma nova investigação para examinar os dados da prefeitura de Duque de Caxias e identificar possíveis novos casos de inserção fraudulenta de informações. Este desdobramento deve encaminhar o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde a PGR decidirá se apresentará denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
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