O ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ordenou a quebra de sigilo telefônico do deputado Carlos Jordy (PL-RJ) e dos outros nove alvos da 24ª fase da Operação Lesa Pátria. A Polícia Federal (PF) deflagrou a nova etapa da investigação nesta quarta-feira (18) com busca e apreensão na residência e no gabinete do parlamentar.
O magistrado também determinou a apreensão de dinheiro em espécie, armas, munições, documentos, anotações, registros e mídias a fim de alcance de provas do envolvimento dos acusados.
Segundo o relatório assinado por Alexandre de Moraes em 4 de janeiro, o deputado Carlos Jordy possui vínculo com o vereador suplente de Campos dos Goytacazes (RJ) Carlos Victor de Carvalho que “transpassa o político”. Em 1º de novembro de 2022, o vereador conversou com o deputado, chamando-o de “meu líder” e pedindo direcionamento quanto a “parar tudo”, em referência ao bloqueio de rodovias.
Além disso, Jordy, de acordo com a investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR), esteve em contato telefônico com Carlos Victor enquanto ele estava foragido, em 17 de janeiro de 2023.
“Como parlamentar, representante da população brasileira, ao tomar conhecimento do destino do foragido seu dever como agente público seria comunicar imediatamente a autoridade policia”, aponta o documento, caracterizando os episódios como “fatos suficientes a justificar a necessidade de que seja investigado”.
“A Democracia brasileira não será abalada, muito menos destruída, por criminosos terroristas. A defesa da Democracia e das Instituições é inegociável, pois como ainda lembrado pelo grande primeiro-ministro inglês, ‘construir pode ser a tarefa lenta e difícil de anos. Destruir pode ser o ato impulsivo de um único dia’”, acrescenta Alexandre de Moraes no relatório.
O deputado Carlos Jordy manifestou-se nas redes sociais e afirmou se tratar de “uma medida autoritária, sem fundamento, sem indício algum, que somente visa perseguir, intimidar e criar narrativa às vésperas de eleição municipal”. O parlamentar é pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro.
Antes de prestar depoimento à PF, no Rio de Janeiro, o congressista negou as acusações e reforçou não conhecer quem esteve no 8 de janeiro. “Eu tenho muita tranquilidade. A não ser que estejam fazendo alguma armação para mim. E tudo me leva a crer que é isso. É uma pesca probatória com viés político”, disse o deputado à imprensa.
A 24ª fase da Operação Lesa-Pátria é focada em identificar os mentores intelectuais e os responsáveis por financiar, planejar e incitar os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, que culminou na invasão e destruição de sedes dos Três Poderes.
A operação Lesa Pátria já tem mais de um ano, e foi iniciada 12 dias depois dos atos golpistas do 8 de Janeiro. De lá para cá, foram 23 fases realizadas em quase um ano desde que a medida foi adotada.
No período, ao menos 117 pessoas foram alvo de prisão temporária ou preventiva para investigar suas possíveis participações na incitação ou no financiamento da tentativa de golpe de Estado realizada por bolsonaristas com a invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília.
A operação tem caráter permanente, ou seja, não tem uma data específica para terminar. As fases são realizadas de acordo com as investigações.
Espero que a justiça brasileira não se apequena diante desses criminosos.e o país tem a obrigação na futuras eleições destruir esses crápulas.obrigado.excelentissimo juiz Alexandre de morais