O tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, vai confessar sua participação em um esquema de uso da estrutura do governo para venda ilícita de joias investigado pela Polícia Federal (PF) – e vai responsabilizar Bolsonaro, segundo reportagem da revista Veja. Segundo o advogado Cezar Bitencourt, que representa Mauro Cid, o militar seguia ordens diretas do então presidente da República.
A Veja antecipou na noite desta quinta-feira (17) a matéria de capa da sua edição de 18 de agosto. Eis o que diz a reportagem:
- O advogado de Cid, Cezar Bittencourt, confirmou à revista que o militar vai confessar.
- Cid vai dizer que vendeu os objetos cumprindo ordens diretas de Bolsonaro.
- Bolsonaro chegou a ser explícito ao pedir que Cid negociasse joias presenteadas a ele por delegações de outros países e trouxesse ao Brasil o dinheiro amealhado com as vendas: “Resolve lá”.
- O próprio Cid teve a ideia de usar uma conta bancária do seu pai nos Estados Unidos, o general Mauro César Lourena Cid.
- Frases de Bittencourt: “Isso pode ser caracterizado também como contrabando. Tem a internalização do dinheiro e crime contra o sistema financeiro”. “Mas o dinheiro era do Bolsonaro”.
Bittencourt diz que pretende se reunir com o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, para tratar da confissão, esperando que ela funcione como atenuante para o seu cliente.
Para entender mais sobre a investigação da Polícia Federal contra aliados de Bolsonaro pelo caso das joias, clique aqui.
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