Pouco depois de a ministra, Carmén Lúcia, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarar o voto que garantiu maioria para a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL), o ex-presidente da República se manifestou, e classificou como uma “facada nas costas” a decisão da Corte Eleitoral.
“Tentaram me matar aqui em Juiz de Fora há pouco tempo, levei uma facada na barriga. Hoje levei uma facada nas costas com a inelegibilidade por abuso de poder politico”, disse o ex-presidente em Juiz de Fora, Minas Gerais, onde cumpre agenda do partido.
Bolsonaro afirmou que vai conversar com seus advogados sobre a possibilidade de recurso, que pode ser feita tanto no TSE quanto no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Bolsonaro, ele foi julgado pelo “conjunto da obra” e não pela reunião com embaixadores.
Os ministros do TSE julgaram se Bolsonaro, quando estava na Presidência da República, cometeu abuso de poder político quando reuniu embaixadores no Palácio da Alvorada em 2022 e colocou em dúvida a confiabilidade do sistema de contagem de votos no Brasil. A ação foi impetrada pelo PDT contra a chapa do PL que concorria à reeleição presidencial em 2022. Por essa razão, estão na linha de julgamento Bolsonaro e o candidato a vice, General Braga Neto. Braga Netto, contudo, foi absolvido pelos ministros.
A sessão desta sexta começou com o voto da ministra Cármen Lúcia. Na sequência, votaram os ministros Kássio Nunes Marques, que votou a favor de Bolsonaro, e o presidente da Corte, Alexandre de Moraes, que votou com o relator Benedito de Moraes a favor da inelegibilidade de Bolsonaro. O voto do relator, ministro Benedito Gonçalves, foi a favor da inelegibilidade do ex-presidente.
O resultado foi proclamado às 14h23 minutos. Por cinco votos contra dois, os ministros da Corte Eleitoral definiram pela inelegibilidade do ex-presidente da República pelos próximos oito anos.
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