>PF suspeita que Moro e Guedes foram vítimas do mesmo hacker
Kim e outras 83 pessoas do mundo político estão em lista de vítimas de hackers. [fotografo] Agência Câmara [/fotografo]
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orlO deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) minimizou a tentativa de hackers em acessar as mensagens de seu Telegram. “Só vão achar piada ruim e xingamento a político. Xingamento a político deve causar problemas, mas eu sobrevivo”, disse.
O grupo tentou acessar seis vezes as mensagens do líder do Movimento Brasil Livre.
O Congresso em Foco ouviu pessoas do mundo político que foram vítimas da quadrilha que acessou mensagens privadas de autoridades dos Três Poderes.
Na noite desta segunda-feira (23), o jornal O Globo revelou uma lista com 84 pessoas vítimas do grupo que fez ataques cibernéticos.
Os nomes estão em inquérito da operação Spoofing da Polícia Federal, que investiga a invasão das mensagens.
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PublicidadeA lista informa somente a tentativa por parte dos hackers de acessar as mensagens, sem a comprovação do sucesso ou fracasso na intenção.
“Precisamos saber se alguém conseguiu invadir”, disse o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, que foi alvo quatro vezes.
A afirmação de Costa foi uma resposta sobre se há preocupação que informações sigilosas do governo possam ter sido acessadas pela quadrilha digital.
O chefe de gabinete do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), foi uma das pessoas que os hackers tentaram obter as conversas no Telegram. Foram nove tentativas.
“Quando invadiram o do ministro Moro acabei por suspeitar e comprovar. Isto porque recebi uma mensagem dele, via Telegram, em branco. Achei estranho e comuniquei-lhe”, disse o assessor de Alcolumbre, que foi alvo nove vezes dos investigados na operação Spoofing.
Alcolumbre também foi umas das pessoas que os hackers miraram, porém tentaram duas vezes, sete a menos que as voltadas ao seu chefe de gabinete.
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, Felipe Francischini (PSL-PR), afirmou que não se preocupa porque não usa o Telegram e que a Polícia Federal não o comunicou sobre o fato.
“Que absurdo, tinha nem ideia. Ninguém tinha me comunicado nada até então, nem fui comunicado, só vi no sites”, declarou. Os hackers tentaram oito vezes acessar as mensagens do pesselista.
“Tinha rumores, mas nunca tive a confirmação”, disse a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, sobre ser alvo dos hackers. A petista declara que usa “muito pouco” o Telegram.
O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) soube pelo Congresso em Foco que seu nome estava na lista obtida pelo jornal O Globo. Ele diz que não usa o Telegram com frequência e que a possível invasão não o preocupa.
Tanto Gleisi quanto Teixeira foram alvos de sete ações dos hackers.
O deputado Luiz Phillippe de Orleans Bragança (PSL-SP) afirmou que já tinha conhecimento do caso, mas não sabia que haviam sido oito tentativas.
“Já tomamos medidas para evitar, mas sempre há o risco. O maior problema não é a imagem pública, essa se reconstrói com a verdade, o problema maior são as informações de identidade que podem gerar problemas financeiros entre outros”, disse o deputado do PSL.
Leia a lista obtida pelo jornal O Globo:
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