O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) comprou salas comerciais no valor de R$ 86,7 mil em dinheiro vivo enquanto era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. A informação foi revelada pelo O Globo a partir dos depoimentos ao Ministério Público das construtoras e também do senador.
O filho de Jair Bolsonaro disse aos promotores que pediu os valores emprestados para o pai e para um de seus irmãos, sem indicar qual. O senador relatou o caso na última sexta-feira (7) ao promotor Luis Fernando Ferreira Gomes no inquérito que apura a prática de rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio.
O procurador disse a Flavio que Cyrella e TG Brooksfield relataram ao Ministério Público que ele pagou R$ 86.779,43 com dinheiro em espécie, em depósitos bancários, para a compra de 12 salas comerciais no centro comercial Barra Prime Offices, em 2008.
“Eu saí pedindo emprestado para o meu irmão, para o meu pai, eles me emprestaram esse dinheiro. Tá tudo declarado no meu imposto de renda, que foi comprado dessa forma. Depois eu fui pagando a eles esses empréstimos”, disse o senador. Ele também afirmou que pagou os empréstimos aos familiares em dinheiro vivo.
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Ainda segundo o jornal, a venda foi registrada em cartório em setembro de 2010, mas Flávio e as corretoras fizeram o contrato de compra e venda com data de dezembro de 2008. De acordo com matérias do UOL e da Folha de S.Paulo, os imóveis foram adquiridos por valores entre R$ 192,5 mil e R$ 342,5 mil cada. Na declaração, as salas chegavam a R$ 2,6 milhões. Antes de revender, Flávio pagou 12% do financiamento. No dia 29 de outubro, o senador vendeu os espaços e cedeu o restante do financiamento para a empresa MCA. O lucro, segundo as reportagens foi de R$ 318 mil.
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Dinheiro vivo? Só pode ser das milícias e ele diz que é dinheiro que recebeu do papai.