Hélio Doyle*
Não são fatos isolados. No dia 1º de maio, enfermeiros que protestavam pacífica e silenciosamente na Praça dos Três Poderes foram ofendidos e agredidos por militantes bolsonaristas. No dia seguinte, adeptos do presidente Jair Messias Bolsonaro e do ex-ministro Sérgio Moro brigaram em frente à sede da Polícia Federal, em Curitiba. À noite, em São Paulo, manifestantes cercaram o apartamento em que mora o ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e o ofenderam. No domingo, em frente ao Palácio do Planalto, dois repórteres foram empurrados e receberam chutes e murros, enquanto o motorista de um jornal levava uma rasteira e um repórter era insultado verbalmente. Por seguidores de Bolsonaro, é claro.
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Nesses tempos de pandemia, porém, os bolsonaristas têm se mostrado ainda mais violentos e agressivos. Uns acham que é porque estão se sentindo acuados e se desesperam, com medo das acusações de Moro e tentando impedir a todo custo um processo de impeachment, agora ou quando a catástrofe passar. Outros atribuem a subida de tom ao fato de estarem sozinhos nas ruas e por isso acharem que está próximo o momento em que irão impor sua agenda antidemocrática, derrubando as instituições e dando mais poderes a Bolsonaro. As bandeiras autoritárias movem as manifestações bolsonaristas e, ao prestigiá-las, o presidente deixa claro seu apoio a elas.
São, na verdade, as duas coisas: Bolsonaro se sente acuado e acha que o ataque é sua melhor defesa. O incremento das manifestações, motorizadas ou não, e o alto nível de violência verbal e física contra os adversários são parte de seu projeto de “tomada do poder” e destruição do “sistema” que estaria impedindo o pleno exercício do governo por ele. O que os bolsonaristas querem é radicalizar o ambiente político, acirrar os ânimos, agitar as ruas, provocar confrontos e estabelecer uma situação caótica de crise econômica, política e social.
O recado que procuram passar é para não tentarem o impeachment ou decisões judiciais para afastá-lo, agora ou depois, pois haverá forte resistência. E, se vier o caos que eles almejam, as forças armadas irão intervir a favor do presidente, contra o Congresso, o Judiciário, a imprensa e as forças da sociedade civil que se opõem a ele. De um jeito ou outro, imaginam, Bolsonaro vencerá.
PublicidadeGuerra santa
Bolsonaro conta com uma significativa base social para executar seus planos. Pesquisas indicam que se aproxima de 30% dos eleitores, mas não se sabe quantos desses, efetivamente, irão às últimas consequências por quem chamam de “mito”. Entre os seguidores do presidente, estão desde milionários até o extrato mais pobre da população. Há empresários de todos os portes e trabalhadores de todas as rendas, homens e mulheres, jovens e idosos.
Mas há, sobretudo, fundamentalistas cristãos fanatizados e integrantes ativos ou inativos das forças policiais e armadas. Bolsonaro conta com eles para, como já disse com clareza, destruir o sistema vigente e construir uma nova ordem no país, segundo os ensinamentos do astrólogo Olavo de Carvalho, guia político do presidente, de seus filhos e alguns ministros e assessores.
É um projeto eminentemente fascista, autoritário e conservador. Para sua execução, Bolsonaro precisa de uma massa de fieis e fanáticos seguidores, apoiados por militantes armados que lhes assegurem vantagem no confronto — daí os incentivos ao armamento legal pelas milícias disfarçadas em clubes de caça e de tiro. Precisa também que as forças policiais estejam ao seu lado e que as forças armadas optem em apoiá-lo na “guerra santa” contra os comunistas — que, para os bolsonaristas, não são só os marxista-leninistas e esquerdistas, mas todos que se opõem ao mito e a seus desígnios, mesmo estando à direita no espectro político.
São os fundamentalistas e milicianos que, negando os riscos da pandemia e ignorando a ciência, estão indo às ruas para mostrar apoio a Bolsonaro e a seu projeto político, ainda que muitos não o entendam muito bem. Bradam contra a corrupção, ignorando que ela existe na família Bolsonaro e no governo que ele comanda. São contra a “velha política”, fingindo que não sabem quem foi o deputado Bolsonaro e de seus atuais entendimentos com o “centrão”. Defendem princípios religiosos, contraditórios não só com a vida pessoal e atitudes de Bolsonaro como com a violência e os preconceitos que ele defende. Dizem-se nacionalistas, falam em “Brasil acima de tudo”, mas não questionam a submissão aos Estados Unidos e a subserviência a Israel — e até levam bandeiras desses países às manifestações.
Essa massa bolsonarista está sendo insuflada para a guerra e avança aos poucos, mas com persistência, testando as forças contrárias. Como a cada avanço é atacada apenas por dezenas de pronunciamentos e notas oficiais e, mais recentemente, por pedidos de impeachment mantidos na gaveta do presidente da Câmara, sente-se animada a prosseguir e intensificar a ofensiva.
A marcha bolsonarista, se não houver uma resistência real a seus propósitos, irá ser, a cada dia, mais violenta. Não pode haver ilusão: os camisas amarelas de hoje são o que foram os camisas negras de Mussolini e de Hitler, os camisas azuis de Franco e os camisas verdes de Plínio Salgado. E as milícias de Bolsonaro em breve serão a SA e a SS brasileiras. É só questão de tempo.
*Hélio Doyle é jornalista, consultor em comunicação e política e professor aposentado da Universidade de Brasília.
>Novo diretor nomeado da Polícia Federal era subordinado a Ramagem na Abin
O autor deste texto parece ser um militante comuna. Por favor.
Helio Doyle, faca me o favor! Kkkkkk! O unico petista apoiador de comunistas “fanatico de esquerda” aqui e voce e esses jornalistas do Congresso em Foco! Eu sei porque voce e primo de minha cunhada, infelizmente! Cai na real, nos que apoiamos o Governo Bolsonaro, nao somos “bolsonaristas camisas amarela” como voce quer dizer! Somos “brasileiros patriotas, camisas verde-amarelas”! E para “seu governo” pode saber que “a nossa bandeira jamais sera a bandeira vermelha” que gente como voce quer! E nao adianta gente como voce tentar “puxar-saco” desse STF “autoritario” aparelhado pelo Lula e pelo PT! E esses politicos corruptos, que ainda estao tentando tambem “impor autoritarimso” no Congresso Nacional! Porque voces vao “perder”! E nao venha com esse seu texto “sordido” dizendo coisas como essa: “O que os bolsonaristas querem é radicalizar o ambiente político, acirrar os ânimos, agitar as ruas, provocar confrontos e estabelecer uma situação caótica de crise econômica, política e social.”! Porque voce sabe muito bem, que quem tenta “radicalizar o ambiente” e o seu PT comunista e as esquerdas vermelhas que sempre procuraram “o caos” ao estilo “marxista” para tentarem transformar o Brasil em uma Venezuela! E gente da esquerda “como voce Helio Doyle”, tem odio do Bolsonaro e quem o segue, porque voces nao conseguiram realizar o “projeto de poder” do PT comunista! Vao pra Cuba!
RIDÍCULO COMO TODOS BOLSOMINIONS! Tua camisa é a amarela do 7X1!! Derrota do Brasil é o que vocês representam!! Vamos assistir vocês serem varridos para o lixo da História!
A propósito a bandeira Brasileira NÃO TEM 13 LISTRAS VERMELHAS E BRANCAS NEM 50 ESTRELAS COMO A QUE TEU PATRÃOZINHO VENERA E BATE CONTINÊNCIA !! NOSSA BANDEIRA É E CONTINUARÁ SENDO A BANDEIRA DA JUSTIÇA E IGUALDADE DOS POVOS!! ATÉ VOCÊS TERÃO LUGAR SOB ELA: NA CADEIA!!!