O empresário bolsonarista Otávio Fakhoury, um dos investigados pelo inquérito que apura o financiamento de atos antidemocráticos, afirmou em depoimento à Polícia Federal ter entrado em contato com o deputado Federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), pedindo que ele o apresentasse a pessoas ligadas a igrejas. Fakhoury tinha o objetivo de criar uma rádio conservadora e por isso queria fazer o contato com pastores. As informações são da colunista Bela Megale do jornal O Globo.
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Em depoimento feito no dia 30 de setembro, o empresário explicou que foi informado através de uma consultoria que muitas rádios estavam ligadas a pastores de igrejas evangélicas. Por isso, ele pediu ajuda ao deputado, com o objetivo de apurar valores de aluguel de rádios.
Fakhoury afirmou que Eduardo Bolsonaro “trouxe a informação obtida por meio do (pastor) RR Soares” e lhe passou o contato do pastor. Segundo o empresário, ele não chegou a entrar em contato com RR Soares e a rádio continua em “fase de planejamento”.
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Segundo a colunista, o pastor RR Soares também foi ouvido pela PF e confirmou ter sido procurado por Eduardo Bolsonaro, que lhe pediu para encontrar uma estação de rádio para alugar. Na oitiva, ele disse que procurou alguns proprietários de rádio que afirmaram ter um faturamento de R$ 1 milhão por mês.
Por fim, o empresário Fakhoury defendeu que o amigo, filho do presidente, não tinha interesse pessoal no tema e que apenas intermediou o contato para auxiliá-lo. Ele também afirmou que o aluguel da rádio não envolve nenhum ente público, trata-se de uma “tratativa privada”.
Otávio Fakhoury foi procurado pelo jornal e afirmou que a criação da rádio tornou-se um projeto desenvolvido pelo Instituto Força Brasil, do qual ele é vice-presidente, e deixou de ser um plano pessoal.
A assessoria do deputado Eduardo Bolsonaro foi procurada pelo Congresso em Foco, mas até o momento de publicação desta matéria, não obtivemos resposta. O espaço permanece aberto para caso o deputado queira se manifestar sobre o assunto.
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