A queda na avaliação do Congresso Nacional coincidiu com o arrefecimento do conflito entre Jair Bolsonaro e o Legislativo. De acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (17), a reprovação ao Congresso subiu cinco pontos percentuais nos últimos dois meses, três acima da margem de erro, que é de dois pontos.
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O Datafolha ouviu 2.065 pessoas por telefone entre os dias 11 e 12 de agosto.
Em comparação com a pesquisa feita em maio, o índice de aprovação da atual legislatura manteve-se estável, oscilando entre 18% e 17% nas avaliações ótimo ou bom. Mas o percentual daqueles que consideram a atuação do Congresso ruim ou péssima, que era de 32% em maio, chegou a 37%. A avaliação do trabalho dos parlamentares como regular oscilou entre 47% e 43%.
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Os ministros do STF mantiveram a estabilidade na sua avaliação. O percentual de aprovação da corte oscilou entre 30% e 27%, as avaliações como regular ficaram entre 40% e 38%. Já o índice de reprovação à atuação dos ministros foi de 26% em maio e 29% em agosto.
Na pesquisa anterior, tanto o poder Judiciário quanto o Legislativo haviam apresentado quedas nos índices de rejeição popular em relação a dezembro de 2019.
O primeiro semestre foi marcado por conflitos entre o presidente e o Congresso Nacional. Primeiro houve disputa quanto ao orçamento. Em seguida, as medidas de combate à pandemia estiveram no centro da discórdia entre os poderes. O clima de tensão com o Supremo foi marcado por decisões do STF e a participação do presidente em atos pró-ditadura militar e pelo fechamento do Congresso e do Supremo.
Com a prisão de Fabrício Queiroz em junho, amigo de Bolsonaro e ex-assessor de Flávio Bolsonaro,investigado no caso das “rachadinhas”, o presidente baixou o tom contra o Legislativo e contra a corte. Ele adotou um discurso mais conciliador com os demais poderes.
A rejeição ao Congresso é maior entre a população mais rica. Aqueles que ganham mais de dez salários mínimos rejeitam o Congresso em 51% e o Supremo em 52%. O melhor índice de aprovação dos parlamentares vem da população mais pobre, 22% dessa faixa da população avaliam os parlamentares como ótimos ou bons.
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