O Senado aprovou na quinta-feira (8) as indicações de três nomes para a diretoria da Agência Nacional de Cinema (Ancine), todos foram indicações de Jair Bolsonaro. Os novos diretores da Agência são Vinícius Clay Araujo Gomes e Tiago Mafra dos Santos. Já Alex Braga Muniz, assume como diretor-presidente. Os nomes já tinham sido aprovados em sabatina feita pela Comissão de Educação (CE), na terça-feira (6).
O procurador federal Alex Braga Muniz exerceu o cargo de diretor-presidente substituto da agência a partir de 2019. Na sabatina, o novo diretor-presidente admitiu “problemas sistêmicos” na Ancine, mas afastou dúvidas sobre a garantia de verbas federais para o setor.
“A Ancine fez esforços de austeridade para transferir recursos do próprio caixa para custear despesas operacionais do Fundo Setorial. Foram preservados recursos para novos investimentos. Hoje temos R$ 448 milhões à espera de investimento”, disse.
Já Vinicius Clay Araujo Gomes, nomeado diretor, trabalha na Ancine desde 2006 como especialista em regulação da atividade cinematográfica e audiovisual.
Em dezembro de 2020, o Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação de improbidade administrativa contra Alex Braga Muniz, Vinícius Clay Araújo Gomes e outros servidores, responsabilizando-os pela paralisação de 782 projetos audiovisuais, referentes a editais dos anos de 2016, 2017 e 2018, lançados com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA).
A ação do MPF aponta ainda que além de ordenarem a interrupção do andamento de projetos audiovisuais, os servidores omitiram dados que comprovam a paralisia dos processos e recusarem-se a formalizar compromisso com prazos e metas para conclusão do passivo que se encontra na Agência.
Tiago Mafra dos Santos, terceiro nome aprovado pelo Senado, exerce na Ancine desde 2006 o cargo de especialista em regulação da atividade cinematográfica e audiovisual.
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