Na noite desta quinta-feira (13), o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita (Sindifisco), Isac Falcão, se reuniu com o ministro da economia Paulo Guedes para negociar uma solução para o congelamento salarial e demais demandas da categoria. Para o líder sindical, o encontro foi “frustrante” e não resultou em um acordo ou promessa por parte da pasta.

“A gente esperava que fosse apresentada hoje a solução, o decreto em vias de ser editado. (…) O ministro se manifestou no sentido de entender o pleito, e de achar justo. Mas disse que não pode dar um prazo para a implementação, e entende que esse não é o momento da solução dessas questões”, relatou Isac Falcão.

Diante da negativa do ministro, o líder sindical anunciou que deverá acirrar as medidas no sindicato para o atendimento das reivindicações. “Infelizmente, é da alçada do próprio presidente da República, que importa editar um decreto, importa fazer gestões junto ao Congresso Nacional para a modificação de um Orçamento. Então realmente não há perspectiva de solução no curto prazo, mas de acirramento do movimento de auditores fiscais da Receita Federal”.

Os auditores da Receita estão em greve desde dezembro de 2021, quando foi aprovado o Orçamento de 2022. A categoria exige que seja implementado o bônus de desempenho prometido pelo governo desde 2017, bem como o reajuste salarial, que não acontece desde 2019 e o aumento na verba destinada para a Receita Federal, que sofreu um corte de 54% no último orçamento.

O encontro do presidente do Sindifisco com Paulo Guedes foi a primeira reunião desde a aprovação do Orçamento entre um representante do primeiro escalão do governo com uma categoria afetada pela falta de reajuste. Até então, os únicos gestores a se reunir com os sindicatos de servidores foram os presidentes do Banco Central e do Instituto Nacional do Seguro Social. Nas duas situações, os sindicatos também saíram de mãos vazias.

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