Procurando buscar uma solução para a falta de reajustes salariais no Orçamento público de 2022, a primeira reunião entre o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad, e o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, na tarde desta segunda-feira, acabou por trazer pouco resultado, na visão do sindicalista.
“A reunião foi amistosa mas não trouxe nenhuma proposta concreta. Como não houve ainda uma solução, vamos partir para a manifestação no dia 18 com força total”, anunciou Fábio Faiad. Segundo ele, Campos Neto chegou a prometer que traria uma contraproposta até o fim do mês, mas sem estabelecer uma data ou combinar uma outra reunião com o sindicato. “Somente declarações de intenções: ‘vamos tentar’, ‘vamos conversar’”, ressaltou.
O plano do sindicato para obter um reajuste é fazer com que Roberto Campos Neto possa servir de ponte entre os servidores e o Governo Federal, em especial com o ministro da economia Paulo Guedes. Esse encontro, porém, não possui data marcada para acontecer. O prazo é curto para o BC: caso não se chegue a um acordo com relação ao reajuste até o início de fevereiro, o sindicato deflagrará greve geral.
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Os servidores do Banco Central foram a primeira categoria a anunciar a possibilidade de entrar em greve após a aprovação do Orçamento, em dezembro do ano passado. O Sinal já encaminhou uma lista de funcionários que abrem mão de seus cargos de chefia e comissões até que seus salários, congelados desde 2017, sejam reajustados.
Uma manifestação está marcada para acontecer em Brasília já no próximo dia 18, em resposta ao congelamento salarial, tanto dos servidores do BC quanto dos demais sindicatos de servidores sem reajuste. A única categoria com espaço previsto no orçamento para receber aumento salarial é a dos policiais federais, a pedido do próprio governo federal.
A palavra final para uma greve será dada a partir do dia 19, quando o sindicato planeja deliberar sobre a questão conforme o cenário das negociações até então. Caso venha a acontecer, Fábio Faiad antecipa que será “uma greve clássica no sentido de os funcionários não irem ao banco, desligarem os sistemas e não trabalharem”.
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