O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, declarou neste domingo (18) que o presídio de Mossoró (RN), hoje, está “absolutamente seguro e apto a custodiar os detentos que lá se encontram”.
De acordo com o ministro, o governo segue investigando as falhas na prisão que permitiram a fuga de dois detentos ligados à facção criminosa PCC para apurar eventuais responsabilidades. Mas, segundo ele, “as possíveis falhas já estão corrigidas”. “Enquanto nós estamos apurando, as correções estão sendo feitas”.
O presídio federal de Mossoró se tornou um foco de desgaste do governo federal por conta da fuga de dois detentos na última quarta-feira. Foi o primeiro caso registrado de prisioneiros se evadindo de uma prisão federal, considerada de segurança máxima. Rogério da Silva Mendonça, 36 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 34 anos, conhecido como “Tatu” ou “Deisinho”, fizeram um buraco no teto das celas. Por volta de 3h, saíram arrancando uma estrutura metálica de alumínio e cabos de energia ligados à iluminação, seguiram para o pátio e, com alguma ferramenta cortante, romperam um alambrado e fugiram.
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Na noite de sexta-feira (16), os dois fugitivos invadiram uma casa e fizeram uma família de refém. Escaparam roubando celulares e comida, sem causar violência ao moradores da casa. O incidente foi a cerca de três quilômetros da cadeia.
A fuga dos dois prisioneiros também representa o primeiro grande desafio de Lewandowski no comando do Ministério da Justiça. Ex-ministro do STF, o jurista tomou posse do comando da pasta em x de x, no lugar de Flávio Dino – que vai justamente assumir uma cadeira na Suprema Corte, aberta com a aposentadoria do próprio Lewandowski.
De acordo com o ministro da Justiça, existem duas frentes de investigação a respeito da evasão: uma administrativa, destinada a encontrar as falhas que permitiram a fuga, e um inquérito policial, que busca determinar responsabilidades. No momento, diz Lewandowski, “não podemos afirmar que houve conivência de quem quer que seja”.
Lewandowski diz ainda que há um efetivo disponível de cerca de 500 policiais na operação para a recaptura dos dois presos em fuga, com suporte da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O mais provável, segundo ele, é que eles estejam “a poucos quilômetros do local de fuga”, escondidos. A geografia local atrapalha as buscas: “É uma região que tem grutas, onde as pessoas podem eventualmente se esconder”.
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