O ex-ministro Sergio Moro disse ao Supremo Tribunal Federal (STF), através de seus advogados, que abre mão do sigilo do depoimento que prestou na Polícia Federal no último sábado (2). Segundo o documento, Moro quer a divulgação do depoimento para evitar interpretações fora de contexto.
O depoimento faz parte do inquérito que apura uma possível interferência do presidente Jair Bolsonaro nos trabalhos da PF. De acordo com Moro, o presidente tentou interferir politicamente na Polícia Federal.
A defesa de Moro afirma que todos os fatos relevantes do inquérito são de interesse público.
De acordo com a colunista Bela Megale, do jornal O Globo, em seu depoimento Moro reforçou acusações e encaminhou provas novas contra o presidente Jair Bolsonaro em relação à acusação de intervenção na PF.
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A revista Veja afirmou que além das mensagens de Whatsapp, o ex-juiz também entregou para a polícia, mensagens de áudio do presidente da República.
O pedido de depoimento foi feito pelo ministro do STF Celso de Mello, que relata o caso na Corte. A investigação foi aberta a pedido do procurador geral da República, Augusto Aras, e autorizada pelo Supremo.
O inquérito solicitado por Aras visa apurar tanto a conduta de Bolsonaro quanto a veracidade das acusações de Moro. Se o ex-juiz estiver mentindo, terá de responder por denunciação caluniosa.
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Em entrevista à revista Veja, Moro classificou como “intimidatória” a requisição de abertura de inquérito que o coloca como possível responsável por calúnia e denunciação caluniosa.
A procuradoria disse, em nota, que a petição de inquérito “apenas narra fatos e se contém nos limites do exercício das prerrogativas do Ministério Público, sem potencial decisório para prender, conduzir coercitivamente, realizar busca e apreensão, atos típicos de juízes – e, só por isso, não tem caráter intimidatório”.
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Sempre achei q não existiria alguém mais ingênuo do q eu. Sou tão tolo q caio na conversa de qquer um. Contudo, verdade seja dita, nunca (!) acreditaria em promessas de Bolsonaro, pois nem mesmo o Exército o quis (prova disso foi sua reforma disciplinar, nome mais bonito de Exclusão).
Qdo Sérgio Moro largou 22 anos de magistratura federal, muuuito prestigiado, para cair no conto da sereia, o Bolso, logo vi q ele era muito mais ingênuo q eu. Claro q o Bolso lhe prometeu nomeação para o Supremo, convenhamos. E Moro acreditou. Certamente a vaidade de se tornar ministro do Supremo ofuscou sua perspicácia. Se tivesse se informado, Moro teria constatado q Bolso é paranóico e ciclotímico. Então, teria se resguardado e não soltado o pombo q tinha na mão para pegar dois voando.
Resultado: lascou-se! Bolso logo achou q Moro ofuscava seu brilho e logo encrencou com ele, como Bolso sempre fez com todos.
Bem, Moro foi ferido em sua pretensão ministerial e vaidade, mas nao terá prejuízos financeiros, vez q poderá ganhar muito dinheiro em atividades privadas (veja o caso Joaquinzão, q hoje ganha boa grana em consultorias). Qto a Bolso, talvez perca o cargo, por incapacidade. Talvez não neste ano de pandemia, mas no ano q vem. Ou talvez não, porque em saindo Bolso, entrará Mourão. E os ladrões instalados nos 3 Poderes morrem de medo dele (kekeke!!!). Mas se Bolso ficar, fica arruinado. Isso é fato!
Ótimo! O brasil inteiro gostaria de saber!