O presidente Lula disse na primeira reunião ministerial de 2024, nesta segunda-feira (18), que o governo “ainda tem muito para fazer, em todas as áreas”. Entre outros temas, o chefe do Executivo comentou a atuação do ex-presidente Jair Bolsonaro na tentativa de golpe investigada pela Polícia Federal na Operação Tempus Veritatis.
“Já gastamos um ano e três meses do nosso mandato e vocês percebem quão pouco nós fizemos e ao mesmo tempo quão muito nós fizemos. Eu duvido que alguém conseguisse fazer se não fosse o esforço individual de cada um de vocês”, disse o presidente na abertura da reunião.
Em relação ao envolvimento de Jair Bolsonaro em uma tentativa de golpe de estado, Lula destacou aos avanços da investigação e dos depoimentos tornados públicos na última sexta-feira (15). “Se, há três meses, quando a gente falava em golpe parecia apenas insinuação, hoje temos certeza que esse país correu sério risco de ter um golpe em função das eleições de 2022”.
O governo também externou a preocupação em melhorar a comunicação das suas ações. O tema é puxado pela piora dos índices de aprovação do governo nas últimas pesquisas. Levantamento Genial/Quaest divulgado no último dia 6 indicou que o trabalho do presidente Lula é aprovado por 51% e desaprovado por 46% nesse período — as duas taxas quase em empate técnico, considerando-se a margem de erro de 2,2 pontos percentuais. É a pior avaliação registrada pelo atual governo até agora.
Os ministros também fizeram seus apontamentos e balanços anuais. Fernando Haddad, ministro da Fazenda, disse que 2024 começou com bons sinais. De acordo com a apresentação da pasta durante a reunião, o Caged e o superávit primário de janeiro de 2024 são indicadores de que a economia brasileira deve avançar neste ano.
“Quando a política econômica do Governo é consistente, pragmática e responsável, não são as expectativas de mercado que a guiam, é ela que guia as expectativas do mercado”, aponta.
Ainda segundo a pasta, houve mudanças nas previsões para 2024 em razão dos indicadores positivos. O crescimento do PIB, antes previsto em 1,5% pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), subiu para 1,7%. Em relação à taxa de juros Selic, a Focus estimou em dezembro o fechamento em 9,25% no fim de 2024, agora projeta a taxa em 8,5%.
Com informações da Agência Brasil
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