Passados mais de 100 dias do começo do terceiro mandato de Lula, 35% dos cargos que compõem o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) já foram substituídos, de acordo com o chefe interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Capelli. Os dados foram apresentados por Capelli ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes nesta segunda-feira (24).
Ambos estiveram reunidos para uma análise em relação à crise instituída desde o vazamento das imagens que mostram a invasão do Palácio do Palácio do Planalto, em 8 de janeiro. O vazamanto resultou na queda do então ministro do GSI, general Gonçalves Dias, flagrado nas imagens, assim como outros militares que também integravam os quadros do GSI.
“A porcentagem de servidores que trabalhavam no GSI e já foram substituídos está em torno de 35%”, conforme dado cedido pelo próprio Capelli, nomeado interventor da União na Segurança Pública do Distrito Federal durante janeiro e indicado para substituir Gonçalves Dias à frente da pasta.
As imagens completas foram entregues pelo GSI ao STF neste final de semana, depois de determinação de Moraes. Segundo o chefe interino do GSI, além da entrega das imagens, o GSI determinou o dia 30 de maio foi estabelecido como o prazo final de apuração da sindicância sobre os atos antidemocráticos. Os militares que integram os quadros do GSI e flagrados durante as ações criminosas prestaram depoimento à Polícia Federal neste domingo (23).
As informações reunidas a partir da sindicância serão apresentadas a Lula (PT) assim que o presidente retornar da viagem à Europa De acordo com Capelli, só assim será possível se debruçar sobre o futuro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, especialmente sobre o nome que irá ser responsável pela pasta.
Capelli acrescentou que há uma determinação do presidente da República para que haja a aceleração da renovação dos quadros de funcionários, algo que, conforme o chefe interino, é absolutamente natural em toda mudança de governo.
Publicidade“Em paralelo, estamos reunindo informações sobre as funções, as atribuições do GSI para que o presidente possa tomar a decisão sobre a manutenção da atual estrutura, de atuais ajustes e alterações na sua volta ao Brasil.”
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