O presidente Lula chegou na manhã desta sexta-feira (21) em Lisboa, capital de Portugal, onde inicia uma agenda de uma semana pela Europa. Sem agenda oficial prevista para o primeiro dia em terras lusitanas, Lula curte folga nesta sexta-feira, feriado aqui no Brasil.
A viagem do presidente da República foi antecipada em um dia, como mostrou nesta quinta-feira (19) o Congresso em Foco. Em Portugal, Lula participa das celebrações da Revolução dos Cravos, que marca o fim da ditadura em Portugal. É lá que deve se deparar com uma extrema-direita mobilizada, que promete atos contra a sua visita e também em relação às suas declarações acerca da guerra na Ucrânia. Já da Espanha, segunda parada da agenda, Lula quer trazer na bagagem avanços em relação ao acordo entre Mercosul e União Europeia.
Lula chega à Europa em meio à crise do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) brasileiro, que teve troca de comando anunciada nesta quarta-feira (19). Ricardo Capelli, que foi interventor do Distrito Federal na área da segurança pública, assumiu como ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). A mudança se deu depois de vazarem gravações das câmeras de segurança do Palácio do Planalto, que revelaram o general Gonçalves Dias, que era chefe do GSI e de outros oficiais do GSI circulando pelo prédio em meio à invasão, e interagindo com os golpistas.
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O ministro era encarregado de orientar a segurança do presidente da República e responsável por chefiar o serviço de inteligência. Diante da tensão gerada com o vazamento das imagens, o próprio governo mudou o tom e passou a defender a instalação da CPMI, cujos aliados trabalhavam até o começo da semana para a retirada das assinaturas. Longe do país, Lula precisará contar com a destreza da base para lidar com a iminente instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os atos golpistas de 8 de janeiro.
Aliados do governo ouvidos pelo Congresso em Foco consideram a viagem fundamental para o fortalecimento dos laços comerciais e políticos entre os dois países, mas a oposição considera a estratégia do governo de antecipar a viagem como uma tentativa de mudar o foco das discussões.
A sessão do Congresso em que deve ocorrer a leitura do termo de instalação do colegiado está marcada para a próxima quarta-feira (26) longe dos olhares de Lula, que ainda irá à Espanha e só deve chegar ao Brasil na quinta-feira, quando o Congresso Nacional já estará em ritmo de final de semana.
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