Em meio a uma agenda de compromissos na cidade do Rio de Janeiro, o presidente Lula se pronunciou nas redes sociais sobre a ação da Polícia Militar que resultou na morte do adolescente Thiago Menezes Flausino, de 13 anos, no bairro de Cidade de Deus, realizada durante a noite do último domingo (6). De acordo com ele, o crime foi resultado do despreparo dos policiais, empregados em um batalhão de choque.
De acordo com a Polícia Militar do estado do Rio de Janeiro (PMERJ), a morte de Thiago se deu em um confronto em que policiais que patrulhavam a comunidade reagiram aos disparos de dois atiradores que se aproximaram de motocicleta. Os militares envolvidos, porém, não estavam utilizando câmeras, e testemunhas locais relataram ter visto múltiplas perfurações no adolescente e esforço dos policiais em manipular o local do crime.
O caso é investigado pela Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro. Em entrevista ao O Globo, familiares de Thiago contam que ele não tinha envolvimento com o crime na região, dedicando até então a maior parte de sua vida ao esporte. Outras testemunhas alegam que a narrativa de que os policiais teriam sido alvejados antes de atirar contra ele é falsa.
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Em sua publicação, que reproduz o trecho de um discurso dado nesta manhã em uma cerimônia no bairro de Campo Grande, Lula ressaltou que Thiago Flausino foi “assassinado pela polícia”, e avaliou que “um cidadão que atira e mata um menino de 13 anos é despreparado e irresponsável”.
Lula defendeu a criação de “condições para que a polícia seja eficaz, mas, ao mesmo tempo, saiba diferenciar o combate ao crime organizado do povo que circula nas ruas”, de modo a fazer com que “as pessoas possam ter uma casa, comer bem e passear sem medo de bala perdida”. O discurso original foi feito na presença do governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, que foi vaiado pela população ao chegar na cerimônia.
Apesar da rivalidade com o partido de Castro e da crítica à ação da força de segurança sob seu comando, Lula se opôs às vaias. “Que vocês saibam que, quando a gente ganha as eleições para presidente da República, a gente não consegue governar se a gente não conversar com governadores e não conversar com prefeitos. É importante ter isso na cabeça. O governador do Rio foi meu adversário nas eleições, mas as eleições acabaram. Ele agora é governador, e é com ele que nós vamos ter que fazer acordos”, declarou.
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