O clima para as manifestações do dia 15 de março, em que os principais alvos são o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), ganhou novo elemento que acirra a tensão entre os poderes da República. O Clube Militar do Exército, sediado no Rio de Janeiro, encaminhou para seus associados um comunicado que anuncia o apoio da instituição ao ato. A alegação é de que o Congresso pratica um “parlamentarismo branco” e não deixa o presidente Jair Bolsonaro governar. Formado por militares da reserva, o clube já foi presidido pelo hoje vice-presidente Hamilton Mourão e funciona como centro de articulação política de parte do Exército.
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Continua o comunicado: “Chegamos a um momento em que não podemos mais aceitar a velha política que se traduz em verdadeira barganha espúria (…)”. “Não se pode mais assistir à impunidade pairar sobre a nossa pátria, estimulando a corrupção que destrói nossas instituições”, completa o texto, encerrado com o lema bolsonarista “Brasil acima de tudo”. O clube convoca apoiadores de Bolsonaro a se concentrarem no próximo domingo, na Avenida Atlântica.
“O Executivo não consegue governar porque o Congresso não deixa. Quando chamamos de ‘parlamentarismo branco’, é porque o Congresso quer fazer o papel do Executivo. Por exemplo, o Congresso aprova um Orçamento e tem que acompanhar a execução feita pelo Executivo”, disse hoje o presidente do clube, general Eduardo José Barbosa, ao site de Veja.
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