O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU) encaminhou uma representação ao TCU pedindo que a Corte de Contas investigue as ações de Jair Bolsonaro relatadas pelo ex-ministro Sergio Moro em seu pedido de demissão. A suspeita de Lucas Rocha Furtado, subprocurador do MPTCU, é de que o presidente tenha atentado contra a segurança interna do país e a probidade na Administração Pública.
“Se confirmarem, no mundo dos fatos, as notícias jornalísticas e as provas do ex-Ministro, há o risco de o Presidente da República ter incorrido em flagrante desvio de finalidade pública, utilizando-se indevidamente de seu cargo para interferir politicamente na Polícia Federal, situação a demandar notoriamente a atuação do órgão de controle externo, no intuito de apurar eventual prejuízo ao erário”, afirmou o subprocurador em documento obtido pelo Congresso em Foco.
Leia a íntegra: Representação – Desvio de finalidade – Exoneração PF
Na denúncia, Furtado ressalta que “o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto”. Para o MP, se comprovadas as denúncias de que Bolsonaro trocou o diretor-geral da Polícia Federal para ter acesso a inquéritos envolvendo sua família e pessoas próximas, o chefe do Executivo cometeu crime responsabilidade, “por atentar contra a segurança interna do país e a probidade na Administração Pública, nos termos do art. 85, inciso IV e V, da Constituição Federal”.
O Ministério Público afirma no documento que cabe ao TCU conhecer e avaliar os motivos e causas da exoneração do ex-diretor geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, pelo presidente da República, “ante os indícios de sobreposição de interesses particulares ao interesse público e desvio de finalidade do ato administrativo, com ofensa aos princípios constitucionais da legalidade e da moralidade”.
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Alguns fatos não estão sendo divulgados. Será por quê?
1 – O presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) disse em entrevista ao Jornal da Manhã da Jovem Pan, sábado passado, que em todos os governos sempre teve interferência política na PF;
2 – Em 25/10/2019, a ADPF protocolou o Ofício 045/2019 junto ao Diretor Geral, Maurício Valeixo, em que pediam providências sobre várias questões abandonadas/não cumpridas pelo ministério da justiça, leia-se, Sérgio Moro. Leiam o documento (5 páginas) que é forte;
3 – Apesar de tudo, Bolsonaro ordenou, embora não obrigatório, que seja mantida a segurança ao Moro e sua família por pelo menos 6 meses.
Vai ver que é por isso, principalmente o item 3, que ele cometeu crime de improbidade.
O Presidente Bolsonaro é visivelmente maluco. É um ciclotímico e paranóico. Se fosse submetido a um exame sério isso ficaria constatado. Daqui a pouco estará correndo atrás de aviões e rasgando nota de cem. É sério, viu?
Bolsonaro é um atentado ambulante contra o bem estar e o progresso do Brasil.