Na manhã desta terça-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar os jornalistas que o entrevistam em frente ao Palácio da Alvorada. Quando questionado sobre a mudança no comando da Polícia Federal do Rio de Janeiro, o presidente mandou os repórteres calarem a boca. Bolsonaro ainda atacou o jornal Folha de S. Paulo, chamando o veículo de “canalha”, “patife” e “mentiroso”.
>Troca na PF do Rio faz delegados suspenderem nota de apoio a novo diretor
Durante o discurso na saída do Palácio do Alvorada, Jair Bolsonaro negou interferência na PF, mostrando um exemplar da Folha com a manchete: “Novo diretor da PF assume e acata pedido de Bolsonaro”. Exaltado, o presidente afirmou que o superintendente está sendo promovido e que não tem interesse político na sua nomeação e se recusou a responder questionamentos. “É uma patifaria, cala a boca, não perguntei nada. Manchete [do jornal Folha de S.Paulo] canalha, mentirosa. Vocês da mídia, tenham vergonha na cara, grande parte só publica patifaria. Passar bem”, afirmou.
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A decisão de troca na superintendência na PF do Rio ocorreu um dia após a posse do novo diretor-geral da PF, Rolando Alexandre de Souza. A Associação de Delegados da Polícia Federal (ADPF) decidiu suspender a divulgação de nota de boas-vindas ao novo diretor-geral. A entidade optou por não se pronunciar no momento e esperar o início da nova gestão. Eles têm receio de que a promoção do antigo superintendente, Carlos Herinque, tenha o objetivo de afastá-lo das investigações envolvendo o presidente Jair Bolsonaro e sua família.
Segundo a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), foram monitorados 179 agressões contra a imprensa vindas do presidente da República somente nos primeiros 4 meses de 2020.
PublicidadeEm repúdio a essa e outras agressões de Jair Bolsonaro, a líder do Cidadania no Senado, Eliziane Gama (MA), se disse preocupada com “as ações do governo federal em quase todas as suas esferas, cada vez mais marcadas por uma ideologia intolerante, arcaica, a-histórica e que divide perigosamente a nação”.
“Vemos a toda hora o presidente tentando desmoralizar a mídia estruturada e destruir os seus modelos legítimos de negócio; seus seguidores agredindo fisicamente os profissionais da comunicação; o governo alimentando fake News por toda parte como estratégia para afirmar suas narrativas e concepções tortas e intoleráveis”, afirmou a líder.
“Essa insanidade oficial não pode continuar. E o Congresso Nacional coonestar com esses crimes de lesa pátria”, concluiu Eliziane.
Bolsonaro é contra a Rede Globo e suas afiliações; e não contra jornalistas. Quem afirma que Bolsonaro ataca a imprensa, além de generalista, é desonesto. Distorce os fatos para atacar politicamente.
O jornal que ele tinha na mão não era da Globo. E, por falar nisso, o jornalismo da Globo/Globonews é bem melhor de que de outros canais.
Cada vez mais descontrolado…
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Cada vez mais norrrrmal…
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Na verdade, a maior parte daquela súcia, não se trata de jornalistas, mas sim ativistas – exigiria que cada um apresentasse fora as credenciais do veículo no qual trabalham, as carteiras de filiação da ABI ou da ABRAJI. Lembro-lhes que ao jornalista cabe exclusivamente perguntar e informar. Grande parte dos que estão de plantão na porta do palácio, no entanto querem é polemizar e impor opiniões e versões, principalmente formulando perguntas estúpidas e capciosas, creio que devem estar ouvindo as sessões das comissões do Congresso quando convocam ministros nas quais ao invés de perguntar os parlamentares de esquerda querem fazer um comício !